quarta-feira, 13 de maio de 2015

"ESTRADA EMPOEIRADA"

Quando eu era rapazola!
antes de ir para o trabalho
temperada comia açorda
 com azeite e dente d'alho.

Na estrada empoeirada,
redondo como uma bola
dei pontapé no bugalho
levei com ele na tola.

Fez galo, grande bronca,
nesta vida maravilhosa,
o mariola de madrugada
agora todos os dias canta.

 Casqueiro para o farnel.
  menos de tuta-e-meia
fui mal sucedido
quando quis o pincel
molhar em tinta  alheia.

Coentros não aprecio
que os coma quem quiser
desde então por causa disso
nunca mais meti a colher
onde a não devo meter!
(Edumanes)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

"OS TOMATES"

A cigarra a cantar, grilos a grilar?
cavalos a relinchar, porcos a grunhir
burros, são burros a puxar a caravana
 lobos a uivar, gatos a miar, cães a latir 
só em silêncio permanecia a sanfona!

Mas, que tormenta barulheira,
fazem os saxofonistas no parlamento
acordados, não dormir de tanta canseira
tão surdos são ao descontentamento!

Nem nunca nem agora,
o melhor que sabem fazer
que a lambisgóia foi embora
 só mentiras sabem dizer.

São eleitos para nos enganar,
 com promessas falsas nos eludir
são bem pagos para nos burlar
porquanto só sabem mentir.

Porque mentir não sei,
sempre digo as verdades
por isso não me calarei
vermelhos são tomates!
(Edumanes)

domingo, 10 de maio de 2015

"POLUIÇÃO"

Reformas pensadas!
escangalhadas perversas
fazem-nos andar de gatas
 neste mundo às avessas.

Cheiram mal das ventas,
 emanam poluição no vento
 portas, dobradiças ferrugentas
rangem a todo o momento.

Incomodam a vizinhança,
de propósito a lambisgóia
alterou o ritmo da dança
só cagança a qualquer hora.

Perturbante, poluição sonora,
não há ninguém que a detenha
fruto da desenvolvida electrónica
venha ela de onde venha.

Porque a esperança,
continua a ser incerteza
o mar sobre a terra avança
cada vez mais mal cheira.

 Sopra o vento forte na orla,
no mar continua a ondulação
aqui na terra o cheiro da bosta
muita mais vai haver poluição.

Destrambelhada tripulação,
sem rumo, continua a navegar
se continuar naquela direcção
a embarcação irá naufragar!
(Edumanes)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

"NA ANHARA"

(Imagem da net)
Fui à procura da sorte!
numa longa caminhada
só encontrei um pote
numa casa assombrada.

Vazio, nem borras tinha,
tinham levado todo o azeite
bem me lembro, hoje, ainda
de lá ter perdido o barrete.

Foi numa noite muito escura,
por causa das nuvens não vi,
 no céu as estrelas nem a lua
só sei dizer, com medo fugi.

Não perdi os sapatos,
porque nos pés os não tinha
na lama caminhavam descalços
no outro dia à noitinha!

Não sei, parecia tonta,
para onde se dirigindo
com aquela pressa tanta
em Angola vi fugindo,
na anhara uma palanca!
(Edumanes)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

"REI PINTOR"

Rei Pintor, foi ao baile!
na noite de consoada
embrulhado num xaile
só voltou de madrugada.

 Perdeu as chanatas,
enfiou os pés nas chancas
tropeçou nas alpercatas
fez arranhão as ancas.

Pôs mercúrio no algodão,
sobre o arranhão, colocou 
não magoou o coração
mas, da sena triste ficou.

Foi para a cama dormir,
toda a noite a sonhar
terá ouvido o galo grunhir
no curral, o porco a ladrar?

Só faltava, mais, esta,
para na história mencionar
havia barulho na floresta
antes do dia começar!

Não se sabe, porém,
se o arranhão já sarou
para o que não pintou
continuar, diz que tem!
(Edumanes)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

"ENGOLIDO, POR UMA ONDA GIGANTE"

(Imagem pesquisada na net)
Engolido, por uma onda gigante!
um par de óculos, de sol, caído na areia
para se proteger do calor do sol distante
 na sombra junto à falésia, é perigoso,
 naquela bela praia da Samoqueira
junto à praia grande do Porto Covo,
numa rocha à beira do mar
uma gaivota nela pousou
de uma rosa a desabrochar
o perfume dela o vento o levou,
na Ilha do Pessegueiro, mais a sul
dizem que um pessegueiro plantou
 na ilha, um vizinho de Odemira
tudo isto na Costa Vicentina
onde o céu é mais azul!
(Edumanes)

terça-feira, 5 de maio de 2015

"GERADO NA FLOR"

(Imagem pesquisada na net)
Porque arde sem se ver!
a chama que incendeia a paixão
quando verdadeiras parecem ser
 palavras iluminadas de ilusão.

Das pétalas da flor desnudo,
perfumado de amor e carinho
com esperança vem ao mundo
seguirá com fé o seu caminho.

Nem devagar nem a correr,
se consegue fugir da morte
 gerado na flor do/e com prazer
 todo o fruto nasce em pelote!
(Edumanes)

domingo, 3 de maio de 2015

"BRINCOS DE OURO"

 Naquela noite escurecida!
  brilhavam as estrelas no céu
  para o bailarico, tão bela seguia
  divertida, de pernas ao léu.

O desejo percorria-lhe as veias,
no caminho terá perdido o cabaço
para comprar um par de meias,
de chanatas foi à feira de Castro.

Pendurados nas orelhas,
voltou com brincos de ouro
a moça viu com as ovelhas,
um rapaz, no bebedouro.

Perguntou ela! Quantos são, rapaz?
as ovelhas! Respondeu, para serem vinte
tinham que ser outras tantas como estas
e outras tantas como a metades destas
faz as contas, e quantas são saberás!
(Edumanes)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

"GERINGONÇA DO PRAZER!

Esses, se estão deliciando!
com a greve dos pilotos, da TAP, 
nas deliciosas alturas viajando
deitando fogo pelo escape!

Há males que vêm por bem,
para eles está sendo a seu favor
da TAP, o casalinho está refém
mas, não do prazer do amor!

Enquanto essa greve durar,
viajando naquela geringonça
que ao destino irão chegar
não perderam a esperança!

Tinham a viagem marcada,
 o prazer compensa o prejuízo
por causa da greve foi adiada
cujo o destino era o paraíso!

  Saboreando o bom petisco,
 nas nuvens do prazer a delirar
eles continuarão no paraíso
enquanto essa greve durar!
(Edumanes)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

"SORRIR À VONTADE"

 Porque tenho, penso!
 tempo para pensar
quando tempo não tenho
vejo o tempo a passar.

Penso mas não vejo,
o que penso a sonhar
correr atrás dum desejo
sem tempo no tempo
não se consegue alcançar.

Penso, porque penso
como devo pensar
todavia, bem entendo
 por que não sei cantar.

Quando penso que sei,
sem paciência esperar
não o vi mas imaginei
vê-lo em algum lugar.

Imagino, mas não sei,
com o destino caminhar
quando e para onde irei
se ele me abandonar.

Pensava que sabia,
mas não sei voar
 parecia que sorria
uma estrela a brilhar!

Penso porque penso,
sem ter de o divulgar
faço-o porque tenho
para o fazer liberdade
não é proibido pensar
nem sorrir à vontade!
(Edumanes)