Portas sem postigo,
varandas sem janelas
o que terá acontecido
não se tem notícias delas!
Não terão ido se calhar,
numa espiga de trigo
sem idade nem tribo
borboletas a esvoaçar.
Onde não se sabe,
se numa flor pousar
naquele dia à tarde
saíram do casulo a voar.
Pois, não tendo a certeza,
só estou, mesmo, a imaginar
o homem para mais amealhar
continua ferindo a natureza!
(Edumanes)