com o pé no estribo
caiu do burro abaixo
no meio do, loiro, trigo.
Poeta apaixonado,
pela equitação
com o pé no estribo
para montar no macho
perdeu o equilíbrio
bateu com o cu no chão.
Das mãos largou a arreata
tendo ficado presa na foice
em cima do cabo da enxada.
A mula deu violenta coice
foi acertar no martelo
que estilhaçou a vidraça!
Para descascar alaranja,
não encontrou o cutelo,
não encontrou o cutelo,
dos olhos, no chão, deixou
caída uma lágrima tristonha!
Não foi nenhuma desgraça
o que naquele dia aconteceu
tudo o que o poeta imaginou
com uma pena escreveu!...
(Edumanes)