Jamais, sem ter vontade de viajar,
penso, nisso, mas não estou triste
tudo faço para não me apoquentar
com noção de que a realidade existe!
Não sendo, portanto, a minha intenção,
sem mais nem menos deles me separar
abandonados por mim, em vida, nunca serão
no descampado sem terem onde se abrigar!
Todos os versos que escrevo a rimar,
quando eu morrer, morrem também
para onde for comigo os quero levar
fortuna, tanta, que a minha alma tem!
(Edumanes)