X assinala o Quartel do Exército. Em Novembro do ano de 1963, quando cheguei-chegamos a Vila Cabral-Moçambique. O conto que eu aqui vou contar, ninguém fique a pensar que é mentira. Porque é verdadeiro como é o Sol que nos alumia. Tínhamos saído de Lisboa no dia 10 do mês de Outubro desse mesmo ano abordo do Navio Pátria. Digo tínhamos saído de Lisboa. Porque eramos um batalhão de militares que íamos para Moçambique em defesa da Pátria Portuguesa. Lá nos confins do mundo, fomos colocados.
No dia seguinte à nossa chegada aquela pequena cidade moçambicana. No quartel onde fomos alojados havia um lavadouro, ao qual me dirigi com um braçado de roupa suja para lavar. Pouco tempo depois um militar negro de uma companhia já lá instalada dirigiu-se a mim perguntando se eu precisava de "mainato" Tendo eu respondido, não, obrigado tenho dentro da mala.
Não sabendo eu o que era "mainato". Pensei que o referido militar se referia a sabão, visto que só tinha um pedacinho para lavar um montão de roupa. Mainatos eram homens negros que lavavam a roupa aos militares, aqueles que quisessem pelo pagamento de 50$00 por mês. Porque as mulheres trabalhavam nas machambas. Moral da história, o dito militar, negro, deve ter pensando! Este branco ainda ontem chegou e já meteu o preto dentro da mala?
Não sabendo eu o que era "mainato". Pensei que o referido militar se referia a sabão, visto que só tinha um pedacinho para lavar um montão de roupa. Mainatos eram homens negros que lavavam a roupa aos militares, aqueles que quisessem pelo pagamento de 50$00 por mês. Porque as mulheres trabalhavam nas machambas. Moral da história, o dito militar, negro, deve ter pensando! Este branco ainda ontem chegou e já meteu o preto dentro da mala?