Se eu estivesse no Alentejo,
dormia a folga à sombra dos chaparros
como estou próximo do Rio Tejo
nele a navegar vejo os barcos!
dormia a folga à sombra dos chaparros
como estou próximo do Rio Tejo
nele a navegar vejo os barcos!
Quem gosta duma que nunca teve,
vá lá e com os seus próprios olhos veja
em Outubro à feira de Castro Verde
comprar uma pelica de pele de ovelha!
vá lá e com os seus próprios olhos veja
em Outubro à feira de Castro Verde
comprar uma pelica de pele de ovelha!
Lá encontrará coisas maravilhosas,
que mais lhe despertarão interesse
como lá as fontes cheiram a rosas
dizem que a água não mata a sede!
que mais lhe despertarão interesse
como lá as fontes cheiram a rosas
dizem que a água não mata a sede!
Será aquela vila um jardim,
no coração do Baixo Alentejo
pois, acredito que o seja sim
para quem lá vive privilégio!
no coração do Baixo Alentejo
pois, acredito que o seja sim
para quem lá vive privilégio!
Como que numa barafunda
tudo o que não vejo imagino
no Alentejo água não abunda
poderão ser coisas do destino?
tudo o que não vejo imagino
no Alentejo água não abunda
poderão ser coisas do destino?
De um jogo de fortuna ou azar,
que não dependerá nunca nem agora
mais do que uma vez água transbordar
na Ribeira de Campilhas, vi outrora!
que não dependerá nunca nem agora
mais do que uma vez água transbordar
na Ribeira de Campilhas, vi outrora!
Agora corre nela uma pinguinha,
mal dá para matar a sede a um pisco
o Alentejo já foi terra de muito trigo
onde havia trigo, há olival e vinha
por isso, nem tudo está perdido!
mal dá para matar a sede a um pisco
o Alentejo já foi terra de muito trigo
onde havia trigo, há olival e vinha
por isso, nem tudo está perdido!
(Edumanes)