sexta-feira, 19 de julho de 2013

"LAMÚRIA"

Não é culpado o Seguro
Da crise política
Deu um tiro no escuro
Em milagres acredita?

Como irá reagir
O senhor presidente
Não deverá fingir
Nem ficar indiferente.

Não são rosas amarelas
Dispersou o rebanho
Agora é que vão ser elas
Não é ouro, será estanho?

Extraído, porventura
São diversas as razões
Depois de tanta lamúria
Quais serão as intenções?

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"ERVILHACA"

Surpreende e atrai,
É perfeita a natureza,
Das nuvens na terra cai
Água pura com certeza.

O povo aperto o cinto,
Não acerta na lotaria
A vida é uma correria
A xingar ou sorrindo,

Com promessas iludido,
Porque, estava a ser
Do que pensava ver,
Assim dizia convencido.

Pastam vacas na  serra,
A comer a ervilhaca,
A seara colhida da terra,
Ximbute, contemplava!

Junto de sua fazenda,
Que em volta da dobadoira
Mede uma légua em redor,
Estava ao fim da merenda,
Mais a gente da lavoira,
Soberbo e mau lavrador.

domingo, 7 de julho de 2013

"SORTE OU AZAR"

Vamos esperar pela decisão
Até à próxima terça-feira
Pelo resultado da rebelião
Coisa boa não se espera
Do mais alto magistrado da nação
Digam e pensem o que quiserem
Vão ver se tenho ou não razão
Do Além não esperem
Vento fresco neste verão.
Pelo bem que pensa fazer
Está a aumentar a confusão
Até parece desconhecer
Que sem farinha não há pão.
Não terá sido  contra a agricultura
O rei de Portugal e dos Algarves
 A percorrer o país, anda uma criatura
A ensinar como se plantam as árvores!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"A FÓRMULA DA SALVAÇÃO!

O que é feito dela
Para a próxima corrida
A camisola amarela
Continua escondida
Antes do pior acontecer
Qual é o seu desejo
O que pensa fazer
No escuro, escuro vejo
Deixem as pessoas viver
Incomoda o percevejo
Dizem que foi encontrada
A fórmula da salvação
Não se sabe onde está guardada
Para  a desagregação
Da coligação falhada
Para salvar a nação
Descoberta macabra
Por duvidoso cientista
 Seu conteúdo não manifesta
Saída da Tróika imprevista
Com brincadeiras de mau gosto
E sem dinheiro menos se acredita
 Em boas  férias no mês de Agosto!...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

"PALAVRÕES"

De olhos postos
São apenas palavrões
Falam em baixar impostos
Aproximam-se eleições
   Com promessas a sorrir  
De falsas preocupações
Falam para o povo a mentir
Para lhe sacarem os tostões
Prometem com trocadilhos
Da política são tradições
Faladores empecilhos
No país das ilusões!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"PENSAMENTO ATUAL"

Política infernal
Portugal das grandezas
Pensamento atual
Das cabeças pensadoras
Coisas belas portuguesas
Elegantes morenas e loiras
Com ou sem razão
Fica quedo em seu lugar
Quando pedirem sua opinião
Com precisão a deve dar
Não se arme em casmurrão
Não vale a pena teimar
Come lá o seu quinhão
Deixa de tanto reclamar!

sábado, 18 de maio de 2013

"AOS BANDOS VINHAM ELAS"

Meu Alentejo Querido. 
 Planicie do latifundiário
Já foste terra de muito trigo
Quando não se cumpria horário.
 Derramadas foram muitas lágrimas
Sobre as espigas do trigo ceifado
Na terra virada pelas aívecas
lavrada com o arado.
Aos bandos vinham elas
À procura de comida
Cheias de fome as arvelas
Na terra pelas aívecas mexida.
Meu Alentejo, terra queimada
Do calor, do sol ardente
Contra a exploração, lutava
 Muita gente descontente.
Com medo da repressão
Respondiam a cantar
Contra os traidores da nação
Continuaremos a lutar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"MAMÍFERO ROEDOR!"

Só faltavam mais estas
Passos Coelhos, dizia
As cantas não dão certas
Culpada é a democracia.
Com ela quer acabar
Para pôr as cantas em dia
Contra o povo governar
A favor da tirania.
Coelho, não é gente
É mamífero roedor
Selvagem insistente
Por onde passa destruidor.
Matar dois de uma cajadada
Com proveito simultâneo
Para comer não vale nada
Se tem lepra é medonho.
Animal estrupador
Come a erva do rebanho
Está sendo zombador
Lá no cimo do patrono
Armado em valentão
Lá no meio do arvoredo
Será grande o trambolhão
Se o caçador mexer o dedo!

sábado, 27 de abril de 2013

"VITINHO, O MANAJEIRO!"

Instalou a  confusão
O grande chefe mariolas
Ainda pensa ter razão
Quer o povo preso nas argolas
De mansinho, traiçoeiro
Grande rapa caçarolas
Vitinho, o manajeiro
 Por linhas tortas
Teima escrever direito.
Anda de arriata comprida
Caminhando em grande velocidade
Leva pressa na subida
Impondo as regras da sua vontade
Quer ver o povo de mão estendia
Pelas ruas a pedir esmola
De inteligência extra convertida
Com ideias fascistas na cartola!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

"ORA ESSA, VÁ VOCÊ!..."

Um alentejano para o outro:
-Oh compadre, vai chover!
-Ora essa, vá você...
Dois alentejanos a conversar:
- "Fô aqui compadre, qu'ê me tornê home!"
- "A serio, compadre?", diz o outro
- "A serio! E a mã estava a vendo tudo!"
- "Oh! Oh! E ela na dizia nada?"
- "Dizia pois! Dizia méééééééé!..."

domingo, 21 de abril de 2013

"O ALENTEJANO, O BURRICO E A CASA AMARELA!"

Um alentejano resolveu, Lisboa visitar
No seu burrico se montou
Todo o caminho a trotear
Quando à noitinha chegou
Ao eléctrico amarelo da carris 
Preso pela arriata o deixou...
Depois de um dia feliz
Uma pensão para dormir procurou
Próximo do local, onde tinha
  Deixado preso, o seu burrico
Quando no quarto da pensão entrou
Que por sua dona indicado tinha sido
Para os lençóis brancos olhou...
Para os não sujar
Debaixo da cama se deitou
Toda a noite no seu burrico a pensar
Mais tarde um casalinho
Em lua de mel, na mesma pensão
Um quarto procurou
E a dona da pensão
O quarto do alentejano indicou.
A cama estava vazia
Para debaixo da cama não olhou
Que ele lá estava, ela não sabia.
O casalinho, na cama se deitou
 A coisa começa a aquecer
No jogo do mete e tira
E torna a meter
A moça a delirar
Começa a gemer
Ai, ai, ai querido
Lisboa inteira, estou a ver...
Debaixo da cama diz o alentejano
Atã, vomecê tás a ver a casa amarela
Onde meu burrinho deixei preso!...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

"PARAGEM FORÇADA!"

Um país em paragem forçada
Dizem os entendidos na matéria
Das medidas,  política asfixiada
Sem crescimento, causa miséria
Orçamento mal programado
Por violar a constituição
Nunca deram conta do recado
Ao Tribunal fazem acusação
Nomes não vou mencionar
Todos sabeis quem eles são
Tiveram muita pressa para entrar
Para sair teimam não abrir o portão
Vivem lá num confortável luxo
Nesta cada vez mais pobre nação
Todos eles a encherem o bucho
Comem do melhor que há
Muito recebem, sem nada fazer
O Zé trabalhador tudo pagará
Por isso menos receber
Alegremente, vai cantando
Com o estômago a dar estalos
As galinhas os ovos pondo
No poleiro, cantam os galos!

terça-feira, 2 de abril de 2013

"FIM DA BRINCADEIRA!"

A menagem decifrei
Para ser lida em liberdade
Aquela mentira inventei
Não ser essa a minha habilidade
A falar verdade continuarei
Foi uma brincadeira de Abril
País dos processos lentos
Em Portugal, leis de funil
Afinal todos estão atentos!

quarta-feira, 27 de março de 2013

"O REGRESSO DA FERA!"

«O regresso da fera»
Incomoda muita gente
Pudera
 Se calhar por ser mais inteligente
Porque impedido deveria estar
O cidadão português
José Sócrates, na RTP1, comentar
O pior veio a seguir, talvez
É mais fácil os outros culpar
Porque melhor não sabem fazer
E o pinóquio continua a governar
Melhor, do que Sócrates, não saber
Com o desemprego a aumentar
E o povo a empobrecer
Qual deles o melhor
Venho o diabo escolha um
Se o Sócrates é pior
O Coelho não vale nenhum
Mas, todavia, entendo
Estou a penas a escrever
Nem um, nem o outro defendo
Mas, penso que o pior está para acontecer?

quarta-feira, 6 de março de 2013

"PATIFÃO!"

Entre Alvalade do Sado
e as Ermidas, fica  a Mimosa
não estou enganado,
no campo as plantas floridas
o cravo e rosa...
O jardineiro caracol irritadíssimo
está agora muito em voga
a política profissão,
digo as verdades não minto!
Por causa de um patifão
a canção do jamais será vencido,
 unido é quem mais ordena
a cangtar Grândola Vila Morena
continua este povo empobrecido!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

"TRISTE FIGURA!"

Mas que grande confusão
este país mergulhou
no clube dos pensadores o charlatão
Relvas, Grândula Vila Morena imitou!

Sem inteligência para vencer
aos manifestantes se juntou
sem arte para os convencer
seu discurso não realizou!

Se fosse pessoa séria como disse
apresentava a sua demissão
 que a triste figura jamais se repetisse
contra o bom nome desta da Nação!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

!O REGRESSO À NORMALIDADE!"

O temporal  está a passar
depois de muito destruir
Portugal aos mercados regressar
será que a flor,  na planta, vai florir?
Lançada a semente à terra
com sacrifício a crosta romper
destruída a floresta
mais, árvores precisam de nascer.
Não atirar antes da festa
os foguetes ao ar
corre água na cratera
cuidado para não escorregar.
Com o precipício perto
todo o cuidado é pouco
Portugal, só será liberto
Com os sacrifícios do povo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"DESGRAÇA DE MUITA GENTE!"

Política...palhaçada,
jurou eternamente
a Tróika, sua amada
desgraça de muita gente.
Pontapés a torto e a direito
para eles o povo não vale nada
às leis absurdas que aprovam sujeito.
Diz, o governo, custe o que custar,
não pensem que vou ceder...
primeiro que os portugueses estar
a Tróika, à qual ele governo jurou obedecer.
Logo, chega o Seguro para defender
contra as medidas do governo protestar, 
sem pensar responde a maioria
fica quieto em teu lugar...
a maioria no parlamento
até secarem as tetas continua a mamar
 PSD/CDS/PP, celebraram casamento
para o país poderem governar...
De mãos cheias, com promessas, chegou
em voz alta a gritar
no bem estar do povo não pensou
ele, só quis o Sócrates derrubar 
 muita gente, por acreditar, nele votou!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

"NO PARAÍSO DOS CORRUPTOS"?

Pela chegado do novo ano,
com esperança e fé esperei
por prever que vai ser engano
de lutar nunca deixarei...
Pela justiça e pela liberdade,
transparência...verdadeira
pelos direitos de igualdade?
Em defesa da sua Bandeira, 
da Nação que representa
transparente cidadania,
Num país onde tudo aumenta
quando o novo ano nascia...
Tudo aumentava não é verdade
ordenado e pensão descia!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

!ELEITOS PARA DESTRUÍREM!"

Vai, mísero  cavalo correndo
nos campos sem pastoreio
se aproxima ano azarento 
Para destruir Portugal, veio
com inicio no parlamento
aprovado pela maioria
que decide sem argumento
Eleitos à revelia...
colocados sem conhecimento
muitos deles sem sabedoria
Vão dormir para o parlamento
eleito para distrito que não conhecia
conforme interesses que neles votam
aprovam orçamentos sem valia
nas mãos do presidente o botam
que mandá-lo analisar deveria
No século XXI, moram
em Belém, Cavaco e Maria
 o Coelho em são Bento
ele e o presidente o povo enganaram
desejo para eles igual tratamento
como aquele que ao povo causaram

domingo, 9 de dezembro de 2012

"CRIANÇA INSATISFEITA ESCREVEU AO PAI NATAL!"

Que este ano...não aconteça
como a 26 de Dezembro de 2011, aconteceu 
escreveu ao pai Natal...uma criança insatisfeita
a reclamar a bicicleta nova pometida...
  com ela, pai Natal...não apareceu
Que este ano...a criança, nela esteja
no dia 26 de Dezembro, a pedalar
que mais  não aconteça.
O pai Natal, as crianças enganar
por não ter cumprido,
a uma criança prometeu
uma nova bicicleta...
mas, com ela não ter aparecido
com uma  carta se manifesta
pelo triste acontecido...
desiludida...a criança ficou a chorar
por o Pai Natal lhe ter mentido
a criança nele desacreditar.
Uma carta, a chorar lhe escreveu
por que tinha sido enganada
pela chaminé não desceu...
nem na sala foi deixada
como tinha prometido, 
a criança ficou revoltada...
Do pai Natal...triste se despediu
o mandou...para longe dela ficar
por que pai Natal lhe mentiu,
só existe para criança enganar?
Este ano te vou deixar um aviso...
não te esqueças de quando voltares
Pai Natal...só em ti acredito
se a bicicleta nova deixares
como foi, por ti, prometido!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"FORNALHAS VELHAS A MINHA ALDEIA!"

Não posso e não devo esquecer
a pequena aldeia onde nasci
estas palavras me lembrei de as escrever
para dizer que foi onde vivi
os melhores anos da minha juventude
foi no Alentejo que os perdi?
Digo que os perdi
por que nunca mais os encontrei,
contudo, não estou arrependido
naquele ou em qualquer outro lugar
onde já vivi, agora vivo aqui
enquanto por cá andar
e por onde tenho andado
de nada e nunca me arrependi
dos bons e menos bons momentos estou lembrado
foi nela a pensar que estas palavras escrevi!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"O BANQUETE!"

Para uma festa da alta sociedade fui convidado
para animar as senhoras e os senhores
a todos os outros convidados  fui apresentado
com os meus versos populares, simples, rimadores
Assim comecei a rimar...Vejo tanta  fartura neste banquete
tanta canalha que não trabalha, mas muito tem para comer
trabalha o povo a para a canalha, e come a açorda sem azeite.
Pensavam eles que com a minha humildade os iria divertir
depois de terem ouvido a seguinte rima, diz o convidador
estás dispensado... poeta conspirador, podes sair
vai-te embora...vagabundo estupor
não sabes o que estás p'raí  a dizer.
Minha presença os incomodava...
meus versos populares jamais os fazia rir
a canalha, para os banquetes me convidava
para com as minhas simples rimas os divertir...
 meus poemas...contras suas ideias não agradaram
simples versos ditos a rimar não os animou
por dizer as verdades, do banquete me expulsaram
a canalha que come por canta de quem trabalha
a comer e a beber no banquete lá ficou!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 4 de novembro de 2012

"AO NASCER DO DIA!"

No Alentejo
junto ao Rio Sado
a pastar no brejo
andava um cágado.

Vi a arvela
e a cotovia
armei a esparrela 
ao nascer do dia.

Numa árvore pousado
o estorninho 
no céu azulado
o torto a voar
a rola no seu ninho
e o caco a cantar.

O pisco muito zangado
apareceu o picanço 
encostei-me ao cajado
fiquei no descanso.

A subir o caracol
vinha muito irritado 
à água lancei o anzol
pesquei um sardo.

A seguir o papa figo 
na água uma pardelha
vi a caminho da eira
uma carroça carregada de trigo
puxada por um parelha!

sábado, 3 de novembro de 2012

"SEM ÁGUA NA FONTE!"

Esperança de falsa promessa
antes feita na incerteza
desbravada charneca
contra as leis da natureza.

Feita com vontade
de poder subir ao monte
sem água fonte
longe da realidade.

Mar profundo
sacrifício prolongado
barco parado no fundo
em todo o mundo habitante
português noutro país emigrado
da sua pátria distante!

sábado, 27 de outubro de 2012

"RETRATO DE FAMÍLIA!"

Fala de mansinho Gaspar
Arrogante o Coelho
Cínico Portas exaltar
Cavaco dá conselho.
A saúde a piorar
Falta na Educação
Na Defesa Aguiar
Segurança Social vacilante
Economia a cair
Relvas irritante
Segurança Interna ameaça
Para o pagode acalmar
Cristas elegante.
Na oposição
Diz Jerónimo
O povo está com fome
Deste governo  pandemónio
O socialista Seguro
quer ficar bem na fotografia
A dizer aparece Louçã
Isto é um ataque à democracia!