quinta-feira, 20 de março de 2014

" SEARA DE TRIGO E PAPOILAS"

Bem vinda a primavera!
Situado a sul do Rio Tejo
Do ano a estação mais bela
Está mais lindo o Alentejo!

Floridas no campo as papoilas!
A olhar para elas fiquei parado
A mandar o trigo vi as moçoilas
No Alentejo à beira do Rio Sado!

Acasalam os passarinhos!
Feno, levam no bico a voar
Para construir os seus ninhos
Num vai e vem sem parar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 19 de março de 2014

"VERDES ARROZAIS"

     Não há petróleo, pode haver milagres!...
Barco, sem rumo, a navegar no alto da onda
 O que há mais em Portugal são disparates
No Alentejo,  passei por Nave Redonda
A caminho do Algarve, para Monchique
 Dei a volta, de regresso ao Alentejo
Para a Mimosa, passei por Ourique
 Em Alvalade do Sado vi o verde brejo
O qual no Alentejo, ainda, existe.
Petróleo, poluidor das belas maravilhas
Foram desbravados enormes matagais
 Pelo canal, da Barragem de Campilhas
  Corre água para regar os verdes arrozais!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 18 de março de 2014

"SONHOS...ILUSÃO"

Os sonhos são ilusão!
Não ando não a sonhar
Do Alentejo vou falar!
Sem dizer palavrão!

Nas pedras a tropeçar,
Para calçar, não tinha botas
Andei com as calças rotas,
No Alentejo a penar!

Chegou a tão desejada liberdade!
Pôs fim a 48 anos de regime hostil
Trouxe ao povo alegria e felicidade
A revolução dos cravos, em Abril,

Na primavera, florido!
Esperada há muitos anos
Assim do Alentejo a seu pedido
Falei, digníssima Laura Santos!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 17 de março de 2014

"CONTRA AS INJUSTIÇAS LUTANDO!

Com orgulho e teimosia!
Estão o povo empobrecendo
Senão visse não acreditaria
O que está acontecendo!

Protestando contra a fome,
Contra as injustiças lutando
Revolta-te contra a má sorte
Para não viveres penando!

Arrogantes sem consciência,
 Em sentido contrário remendo
Não se resolve com truculência
Para suportar as dores gritando
O único remédio, é a paciência!

Alcançar o que tanto se deseja,
Só com inteligência se conseguirá
Não cai do céu dentro da bandeja
Com esperança esse dia chegará!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 14 de março de 2014

"SEM FIM À VISTA"

Se inteligência não há!...
Porque haverá tanta cobiça
 O consenso por onde andará 
O que será feito da justiça!

Do futuro que o espera...
Silencioso, triste, o passarinho
Sopra o vento de mansinho
A caminho vem primavera.

Tudo piora, sem fim à vista,
Na esperança algo se perdeu
A guitarra nas mãos do guitarrista
Chora mas o fado não morreu!

Com esperança toda a gente sonha,
Por todo o lado anda sem morada certa
Deveria alegre ser, mas não é risonha
Viver neste país, a vida é incerta!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 12 de março de 2014

"OS CANÁRIOS PASSARINHOS"


Portugal,  está muito doente!
Diagnosticado cancro maligno
 Contra a medicina inteligente,
Sem cura, continua mendigo.

Três anos de consultas amiúde.
Vê-lo nesse estado de deleite
Até parece que esbanja saúde
Não liga, nem a este nem aquele
 Desvairado de loucura mediocre.

Quando feitas ao contrário,
Das muitas cometidas asneiras
Sem controle peças imperfeitas
 Saem das fábricas de vestuário.

Os canários...passarinhos...
Cantando bem à sua maneira
Nos verdes ramos da oliveira
Vão pousar os estorninhos!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 11 de março de 2014

"LEGITIMIDADE"

Para do poder o afastar!
Só o povo tem legitimidade
Já chega de tanto pensar
Está na hora da verdade!

Precisamos de gente honesta,
Para este pais bem governar
Não sei o que é que o povo espera
 Para contra essa peste se revoltar.

Foi sim eleito para governar, Portugal,
Isso todos nós já sabemos
Mas ser o dono, como se julga afinal
Mais desgraças, não consentiremos!

Para o bem não se esperam novidades.
Julga-se de todos ser o mais esperto
Assinado por setenta personalidades
 Depressa falou contra o manifesto!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 8 de março de 2014

" 8 DE MARÇO, DIA DA MULHER"

Hoje, dia oito de Março,
O dia da mulher se comemora
Envio para todas um abraço
Como era a imagem mostra!

Porque a saudade chora...
Por ainda e já muito ter sofrido
Como nos tempos doutrora
Ao calor do sol ceifando o trigo.

Trabalhando de corpo curvado,
Com o rosto quase tocando a seara
Muito esforço, trabalho mal pago
Cujo latifundiário explorava!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 5 de março de 2014

"GOTA DE ÁGUA"

A lágrima triste
Que por ti surgiu
Mal que tu a viste,
Quase se não viu...

Como quem desiste,
Logo se deliu...
E, mal lhe sorriste,
Logo te sorriu!

Já não era a dor,
O sinal aflito
Duma funda mágoa;
Era o infinito,
-O infinito amor,
Numa gota de água...
(Augusto Gil)

Eduardo disse;
Assim está esta Nação...
Função pública condenada
Nos trouxe a destruição
A Tróika indesejada!

No, Outono, fim do Verão!...
Seca cai no chão a folha da árvore
Pensa ter, mas não tem razão
Quem governar não sabe...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

"VINAGRE AZEDO E SAL SALGADO"

Na aldeia onde fui criado,
não na aldeia onde nasci
no Monte do Pego do Alto
numa tarde, cair neve vi.

Também vivia a Ti Palmira,
no Monte do Pego do Alto
o Ti Lucas, na Ribeira de cima,
tinha na taberna e mercearia
vinagre azedo, e sal salgado.

A Ti Palmira, quando lá ia,
para comprar vinagre ou sal
ao Ti Lucas, dizia bom dia,
tenho sal mas é do salgado
e também vinagre do azedo
era assim que ele respondia,
a Ti Palmira, desses não quero!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

"PACHORRA"

A caminhar para a desgraça!
Continua Portugal condenado
Por que não tem nenhuma graça
Por isso nada tem de engraçado.

Vendem ilusões a qualquer preço,
Cantam vitória sem a terem alcançado
"Aqueles filho dum cabresto
Duma égua e dum cavalo cansado"

Com pão duro, coentros e azeite se faz a açorda,
Com pão quente, açúcar e azeite se faz a tiborna
Sem emprego, sem dinheiro, por causa da mão marota
 Que entra nos bolsos dos contribuintes a toda hora.

Sem tiborna e sem açorda.
Fica o povo se continuar dormindo
Para com quem nos está destruindo
É preciso, mesmo, ter muita pachorra!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

"A SOMBRA DE UM CHAPARRO"

Na imaginação o poeta.
Foi à Ilha da Lindalva
Lá encontrou a Sereia
De biquíni, na areia deitada
 Bronzeada, sempre bela!

As saudades são tantas!
Da sombra do chaparro
O rimador das ondas
Ainda está recordado
De ter bebido água fresca
Da fonte por um cocharro
 Caiu-lhe uma lande, em cima da tola
Fez-lhe um grande galo na mioleira
O maroto canta a qualquer hora
Faz tamanha a barulheira
O magano não tem cuidado
Agita as galinhas na capoeira!

Resolveu ir dar uma passeata,
A caminhar por uma vereda
Encontrou uma linda gaiata
De olhos castanhos, morena!

Sorriu para ela, ela não correspondeu
Desapareceu de repente
Não sabe onde a magana se escondeu.

O rimador das ondas, desmaiadas na areia...
Sobre o azul do céu, ímpeto calor do sol de verão
Escreveu com carinho esta rima dedicada à Sereia
Com um sorriso nos lábios, papel e caneta na mão!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

"EM DIA DE TEMPESTADE"

Um louco em São Bento!
Na assembleia, agita o debate
Entra a mentira no parlamento
Fecham portas à verdade.

Abusiva política em liberdade,
Na pocilga prendem os porcos
Para comer não têm carne
Os cães roem os ossos.

O mundo não está seguro,
Nem com uns, nem com outros
Portugal e o/ou sem futuro
Governado por loucos!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

"NA ILHA NÃO HÁ PESSEGUEIRO. HÁ PERCEVES"

Um fartote de palavras.
Bem ou mal rimadas entre si
Em viagens já realizadas
Foi assim que as descrevi.

No Alentejo a viajar,
Pelas praias da costa vicentina
Na charneca, o céu sem neblina
Vi os peneireiros a voar

 Imaginei uma onda gigante.
 Na praia grande do Porto Covo
Numa rocha não muito distante
Pousava um, preto, corvo.

Real, não imaginação.
Corre a água no Rio Mira
Nasce na Serra do Caldeirão
Pelo vale entre montes
 Passa sem parar por Odemira
Desagua em Vila Nova de Mil Fontes.

Entre Vila Nova de Mil fontes e Odemira,
Muito ocupados na pesca das ostras
Num barco a navegar no Rio Mira
Ocupantes, dois moços e três moças.

Porto Covo, Ilha do Pessegueiro,
Há um forte junto à praia, não na ilha
Na ilha, como canta Rui Veloso
Não há nenhum pessegueiro
Plantado por um vizinho de Odemira
Que dizem por amor morreu novo.
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

"PELA RACHA"

Não irei votar à sorte.
Porque penso bem votar
Sem mascara, sem capote
Vou votar pelo seguro
 Não no que estão a pensar.

Nas ondas a navegar!
Cai no fundo do mar morto
Pela racha da urna vai entrar
O meu boletim de voto.

 É contra a democracia.
Em branco não vai não
Com felicidade e alegria
Se constrói uma nação!

 Não a pretendo perder,
O faço de boa vontade
Em quem não vou dizer
 Por respeito à liberdade
Em segredo permanecer!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"ESTE PAÍS É UM SUCESSO"

O roedor de beldroegas!
Do povo merece desprezo
Mete o rabo entre a pernas
Da Tróika, ele tem medo?

Este país é um sucesso,
Governado por valentões
Vão pregar para o deserto
Grandessíssimos aldrabões.

Em tudo têm sucesso!
Dos corruptos apoiantes 
Da riqueza no inverso
Penduras bem falantes!

O que não existe na realidade,
Para o estrangeiro vão apregoar
Ministros sem personalidade
Tudo fazem para mais sacar!

Nas eleições de cara risonha,
Tudo prometem nada dão
Se eles tivessem vergonha
Não estavam onde estão!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

"FALA-NOS DE CARROS"

Não são palavras esquisitas!
Cidadão português do norte
Para escrever estas coisitas 
Tintinaine me deu o mote!

Para não falar de futebol
Falas-nos de carros
Sem pressa vai o caracol
Descalço pelos cardos!

Os carros gastam pneus,
E consumem petróleo
No tempo dos Fariseus
Seria outro o negócio!

Como eles viveriam,
Por cá também se viveu
E como se alimentariam
Isso dizer não sei eu!

Um mundo novo sem carros,
Para não haver tanta cobiça
Se não houvessem chaparros
Não haviam rolhas de cortiça!

Sem políticos há menos asneiras,
Sem alentejanos não há anedotas
Se não houvessem azinheiras,
Também não haviam bolotas!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 7 de dezembro de 2013

POR CAMINHOS DO ALTO ALENTEJO"

Por caminhos sem fim!...
Desde a Ponte Marechal Carmona!
sobre o Rio Tejo, em Vila Franca de Xira
pela Estrada Nacional 10, direcção Porto Alto,
Algumas das localidades por onde passei
em viagens de trabalho, no Alto Alentejo
Passando por Terrugem e Vila Boim.

Porto Alto e S. Gabriel
Taitadas e vendas Novas
Montemor-o-Novo
Évora e São Mansos
 Monte do Trigo e Portel
 Alqueva e Montoito
Alter do Chão e Montargil
Ponde de Sôr e Galveias
Castelo de Vide
 Alpalhão e Gáfete
Crato e  Cabeço de Vide
Portalegre e Alegrete
 Arronches e Barragem do caia
Campo Maior e Degolados
Monforte e Santa Eulália
Sousel, Cano e Casa  Branca
Veiros, Mora e Pavia
Arraiolos e Vimieiro
 Avis, Fronteira e Nisa.
Évoramonte e Redondo
Estremoz,  Borba e Vila Viçosa
Alandroal e Jeromenha
Elvas e Vila Fernando!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

"VIAGEM AO BAIXO ALENTEJO"

Fui a Messejana!
No Baixo Alentejo
Pela ponte Vasco sa Gama
Passei o Rio Tejo.

Fui à feira de Castro
Passei por Ourique
Vi o Anastácio
Abraçado à Judite.

De Almodôvar
Caminhei para Mertola
Para a cidade de Andovar
Se mandou a Roberta.

De Garvão
Fui para a Funcheira
 Estava um calorão
  Foi no tempo da ceifa.

De Santa Luzia
Para o Vale de Santiago
À sombra dum chaparro
Descansava a Maria.

Das Fornalhas Velhas
Segui para Alvalade Sado
Vi um rebanho de ovelhas
A pastarem lá no prado.

De Grândola
 Para Alcácer do Sal
Vi na monda
As moças no arrozal.

Na Marateca
Parei para almoçar
De vinho bebi uma caneca
Continuem a caminhar.

De Águas de Moura
Segui para Setúbal
Nas mãos duma garota
Vi um lenço azul.

Do Laranjeiro
Fui para Cacilhas
Estava o pasteleiro
A enfeitar rosquilhas.

Para o Terreiro do Paço
Viajei num cacilheiro
Transportava num saco
Papo-secos o padeiro.

Subi a Avenida da Liberdade
Cheguei ao Marquês de Pombal
Para mais austeridade
Está a Tróika em Portugal
Irra! tanta vontade
Têm de nos fazer mal!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 1 de dezembro de 2013

(DIZ O AVARO)

Levando um velho avarento
Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo doutor, não das dúzias
Mas sim médico perfeito,
Dez moedas lhe pediu
Para o livrar do defeito.

«Dez moedas!  (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso!

Se o Bocage ainda vivesse
O que diria ele de tanta roubalheira
Gritaria para que alguém o ouvisse
Sem dizer nenhuma asneira!

No lago com a tartaruga
Respondeu, não hesitou
Quando a Rainha lhe perguntou!
O que o ele estava a fazer, nada puta!

sábado, 23 de novembro de 2013

"O AGUILHÃO DO ESTADO"

Será o guião ou será aguilhão!
Do Estado, para ferrar nas bestas
Mais o sofrimento aumentarão
Com tantas crueldades feitas.

Assim qualquer um sacana
Elabora um guião tão estúpido
Sofre da agressividade desumana
Qualquer animal mesmo robusto.

Tudo tem, menos razão de ser
Nunca poderá ser posto em prática
Não sabe, portanto, desconhecer
Nunca, ele, defendeu a pátria.

Vendedor de ilusões
Aos beijinhos pelos mercados
Com medos dos empurrões
Não vai lá, só manda recados!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE!

Intentona sapiência!
Inteligência conspurcada
Assistência dramatizada
Nobre povo, paciência.

Gabarolas vendedores
Mui nobre nação traída
Assaltada por traidores
Sem cura continua ferida.

Nobre povo, nação valente!
Isso já era há muito tempo
Já o não é com esta gente
Que a governa sem talento!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

"SE A MISÉRIA ENCHE-SE A BARRIGA"

Se a miséria enche-se a barriga!
A pobreza não passava fome
Havia mais qualidade de vida
Para quem trabalha, gente pobre.

Haveria mais comida para gente pobre
Se houvesse mais rica gente, do que gente rica
Em vez de ouro, se houvesse menos cobre
Para aqueles que nada produzem na vida.

Se houvesse, no mundo, justiça
 No mundo não houvesse exploração
Se a riqueza fosse bem distribuída
Não desligavam luz a gente sem dinheiro
Para comprarem o pão
Como fizeram no Bairro do Lagarteiro
Em vez de cegueta, deveria ser maneta
O governo da nação!

sábado, 2 de novembro de 2013

"NÃO SE FOGE AO DESTINO"

O ninho da rola, com rolinhos não existia!
Foi uma história de esperança inventada 
Por alguém, para eu ficar onde não queria
Com atenção as suas promessas escutava.

Naquele triste dia do mês de Agosto,
Ansiosamente, ouvia falsas palavras
Inocente, descalço, gaiato franzino
Tristeza disfarçada de alegria no rosto
Porque assim quisera que fosse o destino
Os meus olhos se encheram de lágrimas.

 Perdi quando era criança!
O melhor amor da minha vida
  Guardada tenho a lembrança
 Triste, inesperada, despedida

Ser o que não pretende
Parecer o que não quer ser
Escondida, do rosto ausente
 O que ainda existe já não ter

O melhor que temos na vida
Quando parte, deixa saudade
Contra a vontade ressentida
Para sempre na infinidade.

Da vida o mais sincero amor
 De mãe afeto pura amizade
Outro não há que evite a dor
 Nem trás de volta a felicidade!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"ATROANDO"

Da nascente correr!
Para a fonte água pura
Fresca, pelo vale da loucura
Quero dessa água beber.

 No vale do paraíso fica
 Situada, entre dois montes
A fonte de água cristalina
Duas estrelas brilhantes
Lindos olhos de menina.

 Colina, corpo plagiando
Seios acentuada elevação
Céu azul estrelado vejo
Buliçoso resiste à tentação
Voz inconfundível atroando
Esmero chibante desejo!
(Eduardo Maria Nunes)