quarta-feira, 11 de junho de 2014

"SEM BATOTA"

O homem venceu!
a mulher sorriu
a terra estremeceu
o mundo não ruiu.

O vento zumbiu!
uma estrela brilhou
a planta verde floriu
a borboleta voou.

A vida é mesmo bela,
para ser bem vivida
a moça abriu a janela
 para entrar a brisa.

No céu já brilha o sol,
são horas de se levantar
de casa às costas o caracol
corre, corre sem parar.

Vamos todos apoiar,
a nossa selecção, na copa
vai jogar bem para ganhar
a taça sem fazer batota!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

"É SIM SENHORI"

O Alentejo é um deserto?
compadri, é sim se senhori
passa por o mais esperto
o mais,  burro e o doutori
todos pelo caminho certo
vão do norte para o Algarve
atrelados levam na roulote
da mais, a mais bela arte
de Euros levam um fartote
as suas férias para lá vão gozar
 desde Vila Real de Santo António
até Sagres, há mar e mar, há ir e voltar
há festa, baile e música de harmónio
Monte Gordo, Manta Rota e Tavira
Quarteira,  Vila Moura, vida especial
depois Monte Choro, Albufeira
 Lagos, Portimão Lagoa e Parchal
 lá próximo, Armação de Pêra!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 8 de junho de 2014

"POR QUE NÃO ENTENDE"

Quem não tem coração não sente!
a mais correcta tomada decisão
é por que não quer ou não entende
 aquele que protesta sem ter razão.

Muito antes do sol nascer,
da cama se levantou a sonambular
sonhando alto voar, sem asas ter
 não o viu, tropeçou num alguidar
   com a cabeça no chão foi bater.

  Fez um galo na cabeça,
 não se farta  de cantar
 as galinhas na capoeira
   todas elas quer galar.

  Nas pétalas duma flor,
pousado estaria o zangão
no teatro o ensaiador
também a abelha mestra
em frente da orquestra
com a batuta na mão.

No mundo da ilusão,
sem ter asas querer voar
só se for na imaginação
ou então a sonhar!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"DE BALIZÃO PARA BEJA"

Com ou sem chuva.
bom fim de semana
numa louca aventura
dentro duma cabana!

Leiam esta história por mim contada,
tenha sido ela sim ou não verdadeira
na estrada da imaginação foi encontrada
 de Baleizão para Beja, não para a Vidigueira.

Em Baleizão, mãe e filha viviam numa, modesta, casinha com o seu burrinho. A moça cresceu, a coisa dela começou a aquecer, com seu dela namorado deu uma cambalhota e engravidou.  Com dores de barriga se queixou a sua mãe. Dizendo ai! mãe tenho tantas dores de barriga. Sua mãe desconhecendo o anterior acontecido, disse: está bem minha filha, despe o teu vestidinho de chita, o único que ela tinha, que é para a mãe o lavar. Depois vamos a Beja, ao senhor, era doutor, mas a mãe da moça pronunciava doutora Covas Lima e quero que vás muito grave. Assim foi, montaram-se as duas no burrinho e lá foram elas de Baleizão para Beja. O consultório ficava situado no jardim do Bacalhau, em Beja. "Também eu conheci o senhor doutor Covas Lima". Até aí tudo bem, o pior aconteceu depois do senhor doutor ter consultado a moça. Cujo o diagnóstico acusou gravidez. Disse: o doutor para a mãe da moça, a tua filha está grávida, ai! senhor doutora, não diga isso a minha filha só  tem esse vestidinho. Ela percebeu que a filha estava grave e não grávida. A palavra grave no Alentejo,  quer dizer  uma pessoa bem vestida. Como ela não tinha percebido antes, o doutor virou-se para ela e disse: a tua filha não está grávida, está prenha. Ah! magana dum cabrão para cá viestes a cavalo para lá hás-de ir a peia!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

"O PAI E O FILHO"

O pai e o filho lá no monte. Uma casa no Alentejo, diz-se um monte!
De  manhã o pai chamou ó! filho estás acordado ou estás a dormir, levanta-te está na hora. Perguntou o filho para o que é meu pai. Respondeu o pai é para ires trabalhar meu filho. Respondeu o filho, meu pai ainda estou a dormir.
No segundo dia a sena repete-se.  O pai,  ó! filho estás acordado ou estás a dormir, levanta-te está na hora. Perguntou o filho para o é meu pai. Respondeu o pai é para vires comer meu filho, está também meu pai estou acordado vou já a correr.
No terceiro dia o pai, ó! filho acorda. Respondeu o filho, está pendurada atrás da porta!

terça-feira, 3 de junho de 2014

"POEMA. . .BEIJO AMIGO"

Voando, saiu pelo postigo!
nas asas da imaginação, o beijo amigo
numa folha de manjerico embrulhado
para ser recebido, quente e não frio
 nos lábios de, por quem é desejado.
Nas pentagramas da partitura,
viajando de boca em boca
acolhido com amor e ternura
foi o beijo amigo encontrado
 numa louca e divertida aventura.
 Caído junto das lágrimas, estafado,
dos olhos molhadas caídas no chão
na terra, onde nasceu uma roseira 
 cor verde-esperança, floriu linda rosa
colhida e colocada junto do coração
no peito duma, apaixonada, moça!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 1 de junho de 2014

"UMA PENA NO AR"

A rã lá no charco!
estava ela a coaxar
espreitava o lagarto
 no céu, o sol a brilhar.

O caracol desvairado,
com medo de morrer
a correr tão apressado
 na casota se foi meter.

Sem o poder salvar,
do bichano mariola
dentro da gaiola
o papagaio a gritar.

Estava o passarinho,
pousado num tanganho
tanto tremia coitadinho
com medo do bichano.

Ainda, não sabia voar,
tinha medo de cair no chão
era muita a confusão
se ouvia o cão ladrar.

A mãe passarinha,
chegou para o salvar
o meteu na toquinha
 até ele aprender a voar
das asas se desprendeu
no vento desapareceu
uma pena no ar!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"MAR, PERFUME E FLORES"

Capital da Ilha do Faial.
Cidade da Horta-Açores
fim de semana especial
com perfume e flores!

Loucamente, ser beijada,
com carinho e muito amor
a mulher é como uma flor
não deve ser amachucada.

Calorosamente, abraçada,
para sentir no corpo o calor
  bela, sempre bem perfumada
 do mundo a mais linda flor.

com o perfume das flores,
bem podadas, bem regadas
sejam felizes com os amores
na vida não lhes falte nada.

Quase não ouvi cantar o Papagaio,
nesta primavera friorenta e mijona
dizemos pois adeus ao mês de Maio
 para amigas/os bom fim de semana.
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

"ROSA VERMELHA"

Não está não a prosa!
perdida no meio da poesia
vermelha esta linda rosa
perfumada de alegria.

A olhar para o Rio Tejo,
 aqui da Póvoa de Santa Iria
com saudades do Alentejo
 água fresca da fonte bebia.

Não importa se é desértico,
é mais plano do que o norte
fico contente quando o vejo
 de chaparros tem um fartote.

No passado terra de Mouros!
outros povos por lá passaram
ainda lá estão os alentejanos
aqueles que não emigraram.

Ainda vivem no Baixo Alentejo, 
lá no sítio das Fornalhas Velhas
dizem más línguas que é um deserto
quando sentem o colar nas orelhas.

Do norte, vão para o Algarve,
 lá passar umas belíssimas férias
atravessam o deserto da saudade
com piadinhas e outras lerias.

Perus, galos, galinhas e patos,
no inverno haviam pardelhas
na água que corria nos regatos
 porcos, mulas, cabras e ovelhas
 descalços brincavam os gaiatos!

O que já vi não esquece!..
não me canso de escrever
dizer, cada vez mais me apetece
basta, não nos façam mais sofrer!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 27 de maio de 2014

"PARA LÁ DA COLINA"

O amor é louco!..
vivido com ternura
sabe sempre a pouco
mesmo com fartura.

Não façam pouco,
desta triste figura
sou eu e não o outro
que tarde madruga.

Sou ainda ágil e altivo,
mas não são chibante
porque gosto do positivo
fui beber água à fonte.

Para lá da colina,
do outro lado do monte
estava lá uma menina
 da felicidade não distante.

Deve ser protegida sim!
na roseira ainda em betão
rosa perfumada no jardim
voando na imaginação.

Não era pequenina,
porque vivia desgostosa
aquela tão doce menina
bela, meiga e amorosa.

 Não perdeu o brasão,
da vitória alcançada
ela ama e tem razão
a menina apaixonada.

Ela vive com a paixão,
 com a felicidade contente
Sente o amor no coração
no corpo calor ardente!
(Eduardo Maria Nunes)