segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

"CAI ÁGUA NA TERRA"

No inverno faz frio, é preciso!
ainda, vem lá longe a primavera
atrás das nuvens, o sol, escondido
está a chover, cai água na terra.

Nem tudo se pode ter, ao mesmo tempo,
então, que venha uma coisa de cada vez
todas elas carregadas de contentamento
para este mui Nobre Povo Português!

Sem esquecer o povo de todo o mundo,
mais ainda os que tentam fugir da morte
crianças, mulheres e homens no mar fundo
 morrem, habitantes do mundo sem sorte!
(Edumanes)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

"ERVILHEIRA"

Dentro da casa dela!
num momento atribulado
comendo pirão de mandioca
com galinha acompanhado
estava uma garota bela,
por causa duma coisa torta
fez tamanho espalhafato,
o vento fechou a porta
entalou o rabo do gato.

Na horta a ervilheira,
agachada estava perto
debaixo duma laranjeira
num buraco a céu aberto.

Tinham feito o dito buraco,
para enterrar a laranja podre
dentro dele foi cair o bicho lagarto
antes de ter comido as falhas da couve.

A correr foi à ervilheira verde, apanhar ervilha,
sem ter tido qualquer atenção onde punha os pezinhos
por causa disso é que terá pisado os dentes da forquilha
levou com o cabo na testa, nos lábios sentiu beijinhos!

Caminhando aos zig - zag, com o seu mini vestido,
 chegou ao fim, dessa aventura, livre de qualquer lesão
a pesar de tudo isso, até foi um dia bastante divertido
por ter sido, segundo disse vivido com muita emoção!
(Edumanes)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

"SÃO BEM DIFERENTES"

Neste dia, tão, importante!
ainda, de todos não esquecido
porque se julga o mais chibante
com todos a regalias ter nascido.

 Aqueles que pensam ter, mas não têm,
querem que todos os outros lhe obedeçam
sem tão pouco terem inteligência, porém
fazem com que por sua causa padeçam.

Verdadeira causa das desigualdades,
porquanto mais aumenta a exploração
tanto se ouve por aí falar em igualdades
nas imagens, bem à vista de todos estão!
(Edumanes)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"NÃ SÊ"

Chegaram à cidade do Barreiro,  dois alentejanos, oriundos do Alentejo! Quando numa rua passavam junto de um prédio muito alto! Um deles diz para o outro! Quando eu era pequeno,  cai lá do último andar desse prédio! Perguntou o outro,  atã nã morreste? Nã sê, há tanto tempo, já nã me lembro!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"GAIATO ALENTEJANO"

Nos anos 50 do século passado, um gaiato alentejano, num dia de domingo, foi assistir à missa lá na igreja da aldeia...Todos os crentes que assistiam à dita missa...Em silêncio, escutavam as palavras do Senhor Prior, que dizia. Sabeis caros irmãos de que para o trigo nascer, na terra tem de se enterrar a semente, bem como o milho, o feijão, o centeio etc, etc. Ouvindo aquelas palavras, o gaiato perguntou!
Atã; Senhor Prior, para a gente nascer também foi preciso se enterrar alguma coisa?

domingo, 6 de dezembro de 2015

"FUGINDO"

Contigo levas a inspiração!
porque estás com ela fugindo
a falta que me faz a imaginação
aqui me deixas ficar sentindo?

Não desisto, estou voltando,
onde estão ninguém me disse
nada disso estou inventando
não ser minha pantominice
das duas estou precisando!
(Edumanes)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"IMAGINO"

  Chegar onde não desejo,
não sei quando chegarei
porquanto, digo o que sei
imagino o que não vejo!

No céu as estrelas e a lua,
na vida, nem tudo se pode ter
o que mais escondido continua
sempre mais se deseja ver!

Porque, sendo cego o desejo,
não precisa acender a candeia
 para sentir nos lábios um beijo
de quem, tanto, mais o deseja!
(Edumanes)

sábado, 21 de novembro de 2015

"NA CHAPADA"

Corre água, e sopra o vento,
no vale, os arbustos em agitação
 o passarinho, no ninho se protegendo
na chapada, densa vegetação!

Antes  que o amor fique louco,
com a felicidade chega a ternura
mas, logo a seguir chega a loucura,
 no vale, tudo põe em alvoroço!

Na realidade esse vale existe,
não saiu da minha imaginação
 a pensar na maldade ninguém fique, 
porque, eu não sou paparrotão!

Com saúde, paz, amor e felicidade,
tenham toda a vossa vida muita alegria
como se escrevem os versos em liberdade,
sempre, mais me sinto preso à poesia!
(Edumanes)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"NEVOEIRO CERRADO"

Com equilíbrio, não se perde o tino!
 ninguém com o destino andará perdido
o que não vejo, por isso é que imagino.

Chiça, está demorado,
em resolver o conflito
por ele apadrinhado.

Para longe se poder chegar,
não precisa de ir a correr
 o que não se tem, não é possível dar
mas, não é impossível prometer!

Na terra nascido,
com a gadanha 
se corta o feno,
também se apanha
seja grande ou pequeno
com a foice se ceifa o trigo,
depois de ceifado
é atado em molhos
em dia de nevoeiro cerrado
não se vê um palmo de chouriço
à frente dos olhos!
(Edumanes)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"INSETO VOADOR"

Se eu posso ser amável!
não devo ser carrancudo
perigosa matéria inflamável
nada falta onde há de tudo.

 Verde dele nasce o trigo,
 do grão na terra semeado
sem tino ficou o mosquito
na teia da aranha enleado.

A aranha em pavor,
não gostou mesmo nada
 ficou bastante assanhada
com o inseto voador.

  Mesmo com paciência,
  não é fácil lidar com a dor
 saibamos com inteligência
  nunca perturbar o amor!
(Edumanes)