quarta-feira, 1 de agosto de 2018

"PAISAGEM ALENTEJANA"

O Alentejo não é um deserto,
a sua beleza ninguém engana
em cada pé calça um chinelo
veste camisa e calças de ganga!

Para ver a cor, azul, do céu,
mais vagaroso do que um caracol
na cabeça coloca um chapéu
para a proteger do calor do sol!

Tô aqui descansando de cansado,
mas, nunca desta vida maravilhosa
 desde que nasci, por muito já ter feito
se tenho sede bebo água pelo cocharro
 durmo a folga à sombra do sobreiro
onde o silêncio não me incomoda!
(Edumanes)

terça-feira, 31 de julho de 2018

"FLOR PERFUMADA"

 Essa flor em sua mão,
 não a deixa murchar
 vá depressa para a regar
  buscar água no caldeirão!

Só quem no coração o sente,
sinceramente, de amor saberá falar
dizem, à boca cheia, constantemente
 de que o calor está quase a chegar?

 Por ser de todos um dever,
 cada um respeito por todos tenha
estou, aqui, pronto para o receber
quando, ele, quiser que venha!
(Edumanes)

domingo, 29 de julho de 2018

"BEIJOS À CHUVA"

Quem nos lábios se beijando assim,
nessa loucura felizes sempre sejam
acredito,  a beleza nunca terá fim
enquanto houver olhos que a vejam?

Para seu bem não a destrua,
atitude natural de quem ama
por ser a melhor amiga sua
junte-se a ela se triste anda?
(Edumanes)

sábado, 28 de julho de 2018

"PÊNISCÓPIO"

Sem ter de recorrer, portanto
a essa, inventada, geringonça,
se é que quer continuar a viver
mude antes que seja mais tarde
para a alimentação vegetariana,
se diminuído mal o consegue ver
faça sempre o melhor que sabe
sem lhe perturbar o descanso!

sexta-feira, 27 de julho de 2018

"ALCOOLIMETRO"

Numa Operação Stop nocturna, a polícia manda parar um condutor que vinha aos ziguezagues, e faz-lhe o teste do álcool. Quando obtém o resultado, o polícia diz-lhe:
-Veja... o senhor não tem vergonha?! E mostra-lhe o aparelho, que marcava 3.45. Ao olhar para o mostrador, o condutor bêbado responde! Um quarto para as quatro?! A minha mulher vai-me matar!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

"SURPRESA"

A MULHER DESCONFIADA

Apesar de viverem na abundância, as coisas não corriam bem entre o marido e a sua jovem mulher.
Na verdade, ela estava convencida de que ele andava metido com a bonita empregada da casa.
Então resolveu preparar uma armadilha para apanhá-lo em flagrante.
Dispensou a empregada no fim de semana sem dizer nada ao marido.
À  noite, quando iam para a cama, o marido contou a história costumeira.
-Desculpe minha querida mas estou mal do estômago.
Outra vez. Vou tomar um pouco de ar e já volto.
A mulher saiu, rapidamente, pelo corredor, subiu as escadas e deitou-se na cama da empregada.
Mal tinha apagado a luz, veio ele, em silêncio e, sem perda de tempo, saltou para a cama e fez, fogosamente, amor com ela.
Quando terminaram, a mulher disse, ainda ofegante: 
-Você não esperava encontrar-me nesta cama, não é querido? E ligou a luz.
-Sinceramente não, minha senhora! respondeu o jardineiro.

terça-feira, 24 de julho de 2018

"O RISO DO CACHORRO"

Não fiquem tristes. Rir é o melhor remédio. A língua Portuguesa é estupenda e presta-se a estas coisas: Por exemplo: Se o Mário Mata, a Florbela Espanca, o Jaime Gama e o Jorge Palma, o que é que a Rosa Lobato Faria? E, já agora: alguém acredita que a Zita Seabra para António Peres Metello?

domingo, 22 de julho de 2018

"ROUXINOL"

Com as flores gosto de viver
neste jardim à beira do mar,
as desgraças tento esquecer
porquanto, evito delas falar!

Foram nobres cavaleiros,
distinguidos no cavalgar,
Portugal, pais de marinheiros
Vasco da Gama navegador
meus irmãos trabalhar,
 a riqueza, é virtude, e vigor.

Mal dizer a qualquer hora,
sempre haverá quem o diga,
em Portugal como, está, agora
nunca tão boa esteve a vida.

 Poisado no galho cantando
um rouxinol solidário,
os que passaram homenageando
noites e dias no calvário.
(Edumanes)

sexta-feira, 20 de julho de 2018

"CHANFANA"

Não é anedota, não é invenção minha, não se passou no Alentejo. Passou-se comigo próximo de Coimbra, cidade dos doutores e  dos amores!
 Nos anos noventa do século passado, numa viagem de trabalho, a norte do Rio Mondego-estrada Coimbra - Figueira da Foz!
Eram para aí umas duas horas da tarde, entrei num restaurante,  sentei-me numa cadeira junto d'uma mesa para almoçar. Cujo nome do restaurante de momento não me recordo!
Consultei a ementa no mesmo existente e pedi a um dos empregados para me servir chanfana,  o que   passados quatro - cinco minutos se verificou!
Quando já estava saboreando a dita, um indivíduo de etnia cigana, sentou-se numa cadeira junto de outra mesa ao lado
daquela onde eu estava!
Olhou para mim ao mesmo tempo que perguntou(...)Vizinho a chanfana está boa? Sem que eu tivesse tido tempo para responder, o dito indivíduo disse: Pela sua cara já vi que não está!!!