segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

"ACREDITO"

No ano que se avizinha!
que a sua vida seja  boa
sempre com a sua gracinha
 por aí, não faça nada à toa.

Estão lindas nesse jardim,
cuida bem dessas flores
na vida há outros valores
de amor e felicidade sem fim.

O que aí vem, não seja pior,
do que este que está indo embora
 traga-nos o Ano Novo vida melhor
que venha por bem sem demora.

Confesso! Não são, digo,
muitas as esperanças
por ser possível acredito
de que num cabelo bonito
se fazem enfeitadas tranças!
(Edumenes)

sábado, 26 de dezembro de 2015

"CARTA AO PAI NATAL"

CARTA AO PAI NATAL NO DIA 26 DE DEZEMBRO
(uma criança insatisfeita)

Querido Pai Natal,

Acharás deveras estranho, que te escreva hoje dia 26 de Dezembro, mas quero esclarecer algumas coisas que me ocorreram desde que te enviei uma carta cheia de ilusões na qual te pedia que trouxesses, uma bicicleta, um comboio eléctrico, uma Nintendo 64 e um par de patins.

Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só fui dos primeiros da minha turma, mas também tirei 20 a todas as disciplinas e não te estou a enganar.

Ninguém se portou melhor do que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos.

Fiz recados sem cobrar, ajudei velhinhos a atravessar a rua e não houve nada que eu não fizesse pelos meus semelhantes e mesmo assim...c'a ganda lata...ó Pai Natal!

É que...olha que deixar debaixo da Árvore de Natal um cabrão de um pião, uma merda  de uma corneta e a porra de um par de meias...vai-te lixar...quem é que pensas que és ó barrigudo  do cartalho.

Ou seja, porto-me que nem um camelo a merda do ano inteiro para que venhas com essa merda de prendas e como se não bastasse no paneleiro do filho da vizinha, esse otário estúpido comó carago, que grita com a vaca da mãe e é um pandemónio lá em casa e tu deste-lhe  tudo o que ele te pediu.

Agora quero que tu te lixes e venha um fogacho de um terramoto e nos engula a todos, porque um Pai Natal incompetente como tu não faz falta a ninguém.

Mas não deixes de regressar no ano que vem, porque vou rebentar à pedrada as putas das tuas renas e hás-de vir bater com os cornos cá embaixo, que te hás-de cozer.

Vou começar com essa tua rena Rudolph, que tem nome de paneleiro e hás-de andar a pé  já que a merda da bicicleta que te pedi, era para ir para a escola, que é longe comó carago.

Ah!!!.. É verdade...não me quero despedir, sem te mandar para aquela  que te pariu e é pena seres tão filho dela.

Por isso aviso-te que para o ano vais saber o que é bom para a tosse, vou lixar o juízo a toda a gente o ano todo.

P.S..: Quando quiseres podes vir buscar o pião, a corneta,  e as meias, mas acorda-me para eu te enfiar essas merdas todas pelo cu acima.

VAI PARA O  CAGALHO!!!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

"FELIZ NATAL"

O Natal, é alegria,
no lago coaxa a rã
de manhã o cotovia
para iluminar todo o dia
nasce o sol de manhã!

O Natal, é amor e paixão,
é também a festa da família
haja sempre saúde, paz e pão
suficiente, não em demasia!

Para as minhas amigas e amigos,
desejo Feliz Natal, e boa disposição
 deste blogue seguidores ou não,
sejam pela felicidade perseguidos!
(Edumanes)

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

"MANAJEIRO"

O manajeiro, do patrão defensor!
 camponês lavrando a terra com o arado
no inverno, das intempéries a rigor
o pastor encostado ao cajado.

À chuva e ao frio,
atrás das nuvens o sol
batia-se os dentes a fio
por causa do briol.

Com os dedos das mãos engalinhados,
naquele tempo não haviam outras maneiras
dentro das botas os pés mal aconchegados
nas orelhas incomodavam as frieiras!
(Edumanes)

domingo, 20 de dezembro de 2015

"NÃO PEDI PARA NASCER"

Da laranjeira colhi uma laranja!
por na vida dar à vida mais valor
ao passar na planície alentejana
no campo colhi uma linda flor.
Porque, sentido não fazia,
não pedi para nascer
pois, tinha de acontecer 
por ser fenómeno natural
naquele lugar onde nasci,
quando, ainda, não havia
liberdade em Portugal.
A caminhar, eu, aprendi
andando pela estrada fora
olhei para trás acenando
com pena de vir embora.
Disse adeus ao Alentejo,
mas, não foi para sempre
porque lá estou voltando
 como quem saudades sente
eu sinto quando o não vejo,
 sendo assim, tem mais valor
neste mundo a vida passageira
saúde, paz, carinho e amor
felicidade p'ra vida inteira!
(Edumanes)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

"IMAGINAÇÃO"

Tudo o que seja proibido!
mais procurado será sempre
quem ama e é correspondido
 no coração felicidade sente.

Onde penetra a imaginação,
em silêncio para não incomodar
quando ao serviço da investigação
tem, sempre, liberdade para entrar
não precisa de pedir autorização.

Corpo nu, com tudo à mostra,
quem o mira tem curiosidade
acredito que toda a gente gosta
  de comer quando tem vontade.

Numa noite de, verdadeira, loucura,
de amor e paixão louca tempestade
adormeceu na cama beijando a ternura
 na cama acordou abraçando a felicidade!
(Edumenes)

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

"COM O PÉ NO ESTRIBO"

Poeta apaixonado!
com o pé no estribo
caiu do burro abaixo
no meio do, loiro, trigo.
Poeta apaixonado,
pela equitação
com o pé no estribo
 para montar no macho
perdeu o equilíbrio
 bateu com o cu no chão.
 Das mãos largou a arreata
tendo ficado presa na foice
 em cima do cabo da enxada.
A mula deu violenta coice
foi acertar no martelo
que estilhaçou a vidraça!
Para descascar alaranja,
não encontrou o cutelo,
dos olhos, no chão, deixou
 caída uma lágrima tristonha!
 Não foi nenhuma desgraça
o que naquele dia aconteceu
tudo o que o poeta imaginou
com uma pena escreveu!...
(Edumanes)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

"CAI ÁGUA NA TERRA"

No inverno faz frio, é preciso!
ainda, vem lá longe a primavera
atrás das nuvens, o sol, escondido
está a chover, cai água na terra.

Nem tudo se pode ter, ao mesmo tempo,
então, que venha uma coisa de cada vez
todas elas carregadas de contentamento
para este mui Nobre Povo Português!

Sem esquecer o povo de todo o mundo,
mais ainda os que tentam fugir da morte
crianças, mulheres e homens no mar fundo
 morrem, habitantes do mundo sem sorte!
(Edumanes)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

"ERVILHEIRA"

Dentro da casa dela!
num momento atribulado
comendo pirão de mandioca
com galinha acompanhado
estava uma garota bela,
por causa duma coisa torta
fez tamanho espalhafato,
o vento fechou a porta
entalou o rabo do gato.

Na horta a ervilheira,
agachada estava perto
debaixo duma laranjeira
num buraco a céu aberto.

Tinham feito o dito buraco,
para enterrar a laranja podre
dentro dele foi cair o bicho lagarto
antes de ter comido as falhas da couve.

A correr foi à ervilheira verde, apanhar ervilha,
sem ter tido qualquer atenção onde punha os pezinhos
por causa disso é que terá pisado os dentes da forquilha
levou com o cabo na testa, nos lábios sentiu beijinhos!

Caminhando aos zig - zag, com o seu mini vestido,
 chegou ao fim, dessa aventura, livre de qualquer lesão
a pesar de tudo isso, até foi um dia bastante divertido
por ter sido, segundo disse vivido com muita emoção!
(Edumanes)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

"SÃO BEM DIFERENTES"

Neste dia, tão, importante!
ainda, de todos não esquecido
porque se julga o mais chibante
com todos a regalias ter nascido.

 Aqueles que pensam ter, mas não têm,
querem que todos os outros lhe obedeçam
sem tão pouco terem inteligência, porém
fazem com que por sua causa padeçam.

Verdadeira causa das desigualdades,
porquanto mais aumenta a exploração
tanto se ouve por aí falar em igualdades
nas imagens, bem à vista de todos estão!
(Edumanes)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"NÃ SÊ"

Chegaram à cidade do Barreiro,  dois alentejanos, oriundos do Alentejo! Quando numa rua passavam junto de um prédio muito alto! Um deles diz para o outro! Quando eu era pequeno,  cai lá do último andar desse prédio! Perguntou o outro,  atã nã morreste? Nã sê, há tanto tempo, já nã me lembro!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

"GAIATO ALENTEJANO"

Nos anos 50 do século passado, um gaiato alentejano, num dia de domingo, foi assistir à missa lá na igreja da aldeia...Todos os crentes que assistiam à dita missa...Em silêncio, escutavam as palavras do Senhor Prior, que dizia. Sabeis caros irmãos de que para o trigo nascer, na terra tem de se enterrar a semente, bem como o milho, o feijão, o centeio etc, etc. Ouvindo aquelas palavras, o gaiato perguntou!
Atã; Senhor Prior, para a gente nascer também foi preciso se enterrar alguma coisa?

domingo, 6 de dezembro de 2015

"FUGINDO"

Contigo levas a inspiração!
porque estás com ela fugindo
a falta que me faz a imaginação
aqui me deixas ficar sentindo?

Não desisto, estou voltando,
onde estão ninguém me disse
nada disso estou inventando
não ser minha pantominice
das duas estou precisando!
(Edumanes)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"IMAGINO"

  Chegar onde não desejo,
não sei quando chegarei
porquanto, digo o que sei
imagino o que não vejo!

No céu as estrelas e a lua,
na vida, nem tudo se pode ter
o que mais escondido continua
sempre mais se deseja ver!

Porque, sendo cego o desejo,
não precisa acender a candeia
 para sentir nos lábios um beijo
de quem, tanto, mais o deseja!
(Edumanes)

sábado, 21 de novembro de 2015

"NA CHAPADA"

Corre água, e sopra o vento,
no vale, os arbustos em agitação
 o passarinho, no ninho se protegendo
na chapada, densa vegetação!

Antes  que o amor fique louco,
com a felicidade chega a ternura
mas, logo a seguir chega a loucura,
 no vale, tudo põe em alvoroço!

Na realidade esse vale existe,
não saiu da minha imaginação
 a pensar na maldade ninguém fique, 
porque, eu não sou paparrotão!

Com saúde, paz, amor e felicidade,
tenham toda a vossa vida muita alegria
como se escrevem os versos em liberdade,
sempre, mais me sinto preso à poesia!
(Edumanes)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"NEVOEIRO CERRADO"

Com equilíbrio, não se perde o tino!
 ninguém com o destino andará perdido
o que não vejo, por isso é que imagino.

Chiça, está demorado,
em resolver o conflito
por ele apadrinhado.

Para longe se poder chegar,
não precisa de ir a correr
 o que não se tem, não é possível dar
mas, não é impossível prometer!

Na terra nascido,
com a gadanha 
se corta o feno,
também se apanha
seja grande ou pequeno
com a foice se ceifa o trigo,
depois de ceifado
é atado em molhos
em dia de nevoeiro cerrado
não se vê um palmo de chouriço
à frente dos olhos!
(Edumanes)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"INSETO VOADOR"

Se eu posso ser amável!
não devo ser carrancudo
perigosa matéria inflamável
nada falta onde há de tudo.

 Verde dele nasce o trigo,
 do grão na terra semeado
sem tino ficou o mosquito
na teia da aranha enleado.

A aranha em pavor,
não gostou mesmo nada
 ficou bastante assanhada
com o inseto voador.

  Mesmo com paciência,
  não é fácil lidar com a dor
 saibamos com inteligência
  nunca perturbar o amor!
(Edumanes)

domingo, 15 de novembro de 2015

"FOI UM ERRO"

Sangrenta sexta-feira, dia 13 de Novembro, em Paris. Porque morreram os inocentes, em vez dos culpados? É tão simples a resposta! Porque os causadores do mal são sempre protegidos! Não sei se têm ou não inteligência para pensar de que violência gera mais violência. Tony Blair, já reconheceu de que a evasão do Iraque foi um erro. O que é que eles lá foram deixar? Guerra onde havia paz? O que é que se espera das abelhas quando do cortiço se lhe vai tirar o mel que elas fabricaram. Se antes com a mascara não se proteger, só podem ser, mesmo, ferradelas! A França, a Inglaterra, a Rússia e a América, vão lá para o país deles, com violentos bombardeamentos sem dó nem alma destruir tudo o que eles construíram. Os que ainda não morrem fogem do terror para os países causadores desse mesmo terror, de cujo os culpados agora chorando lágrimas de "crocodilo" lamentam! Convençam-se senhores, de que se assim continuarem estão  abrindo a vossa própria sepultura ou construindo crematórios para serem cremados!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

"PIRATAS ENRAIVECIDOS"

Já se previa, não ser, surpresa!
a correr, foram para o Palácio Real,
 heróis, navegadores de barriga bem cheia
diplomatas, vendedores de banha da cobra
porque só, mesmo, dos ricos em Portugal
 para os pobres o trabalho é que sobra!

 Estou aqui a imaginar, quando e como é que o mundo poderá acabar!
 penso que será, quando só existirem dois homens, um pobre e um rico
 porque o rico para sempre bem viver na vida, mais quer o pobre explorar
todavia, o pobre  com toda a razão revoltado, por não concordar mais com isso
mata o rico, a seguir suicida-se na incerteza de que a justiça possa funcionar?
(Edumenes)

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"A QUEDA DE UMA FOLHA COMBALIDA"

Se em vez da queda da coligação, em igualdade de circunstâncias tivesse sido no inverso. Aquele vulto, com duas pernas, dois braços, uma cabeça, dois olhos, um nariz e uma só boca,  a estas  horas já  o teria indigitado primeiro-ministro, sem tão pouco ser necessário ouvir quem quer que fosse!

Se me perguntassem se estou contente com a vitória,
responderia! Estou contente com a queda da arrogância
 porque sem olhar a meios quatro anos de tanta ganância
causadora de cegas medidas de austeridade sem glória!

Quem ventos semeia colhe tempestades,
quem não quer a paz, declara a guerra,
por isso aí têm os resultados dos combates
 que provocou aquela tão dolorosa queda!

Não havia nenhuma bomba a bordo,
 foi causada por quem sem cautela
atirou com má fé pedras contra o povo!
(Edumanes)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"DE ALBERNOA, PARA LISBOA"

Alentejano, nascido em Albernoa!
no Distrito de Beja,  Baixo Alentejo,
lá deixou a sua terra e foi para Lisboa,
tinha um carneiro, animal de estimação
deixá-lo abandonado, não era o seu desejo
para todo lado sempre o levava com afeição,
por isso, teria que o levar consigo no comboio,
mas, tinha que transformar o carneiro em cão,
não tendo sido, mesmo, nada fácil a trabalheira.
Pensou e repensou, como resolver o contraditório
na estação da CP, em Beja, dirigiu-se à bilheteira
 e pediu um bilhete para ele e outro para o seu cão,
como se diz, foi enquanto o diabo um olho esfrega
o funcionário olhou desconfiado de certa maneira
dizendo, com cornos nunca tinha visto um cão!
O alentejano, foi a magana da cadela!!!
(autor, alentejano)

domingo, 8 de novembro de 2015

"ATÉ ADMIRA"

Um alentejano,  do Baixo Alentejo, foi a Lisboa, à pergunta do seu irmão que  para lá tinha ido trabalhar nas obras.  Assim que chegou ao Terreiro do Paço viu um polícia com as mãos no traseiro. Foi ter com ele e perguntou! O senhor guarda viu por aqui passar o meu irmão? O polícia, vi lá agora o seu irmão,  nem tão pouco o conheço!  O alentejano,  até admira! Pois fique sabendo senhor guarda, lá na aldeia toda a gente o conhece!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"FRUTO DE OUTONO!

 Não há paz, onde há guerra!
ditadores são contra a liberdade
 sem água não haveria vida na terra
 sem amor não haverá felicidade?

Felicidade, na vida contentamento,
arrastando as folhas caídas do carapeteiro
 chapada abaixo para o rio água correndo
das nuvens passageiras, caída no cerro.

Por ser o líquido mais precioso,
de todos os que no mundo existem
para o bem estar dos que nele vivem
seja sempre o mundo maravilhoso.

Não como 3 pés a uma só trempe,
em cima dela ferve a água na chaleira
porque o mundo a todos pertence
só para si, ninguém o queira.

Como destruir o amor,
quando o ciúme mais insiste
 a ganância um mal explorador 
que no ser humano existe!

 Para os juntar à dor de cotovelo,
tem a arrogância como companheira
neste mundo como fiel companheiro
adoro o sumo do fruto da videira.

Foi uma carga de trabalho,
para pegar no cabo da vassoura
com sal, azeite e dente d'alho
também sei fazer uma açorda!

Marmelada é feita doutra maneira,
sempre bons marmelos se devem ter
 quem quiser que durem a vida inteira
bem conservados os terá de manter.

Nunca será feliz o coração,
se contrários à sua vontade
nem o amor nem a felicidade
não se compram nunca não!
(Edumanes)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

" LABUTA, OUTRORA, NO CAMPO"

Na malhada, estavam os cães, a latir,
outrora, ainda o sol estava dormindo,
 no campo, a paisagem, ainda não florir
já se via o cágado, do caracol fugindo!

 Os homens no campo lavrando a terra,
com a charrua, por juntas de bois puxada,
enquanto outros partiam à procura de nada
 barcos, de jovens, lotados para a guerra!

Com muita tristeza no rosto,
partiram para não mais voltar
sobre as ondas do mar alteroso
 de noite e de dia a navegar!

Por oceanos desconhecidos,
alguns, ainda, não tinham ouvido falar
deixaram os seus familiares entristecidos
pelas suas vidas, lá muito longe, a rezar,
para que, pudessem, ao lugar seus filhos
de onde partiram, são e salvos voltar!
(Edumanes)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"ESTA PALAVRA SAUDADE"

ESTA PALAVRA SAUDADE

Junto de um catre vil, grosseiro e feio,
por uma noite de luar saudoso,
Camões, pendida a fronte sobre o seio.
cisma, embebido num pesar lutuoso...

Eis que na rua um cântico amoroso
subitâneo se ouviu da noite em meio:
Já se abrem as adufas com receio...
Noites de amores! Que trovar mimoso!

Camães acorda e à gelosia assoma;
e aquele canto, como um antigo aroma,
ressuscita-lhe os risos do passado.

Viu-se moço e feliz, e ah! nesse instante,
no azul viu perpassar, claro e distante,
de Natércia gentil o vulto amado...

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

"LUTA PELO PRESENTE"

Não chores pelo que perdeste,
luta pelo que tens.
Não chores pelo que está morto,
luta por aquilo que nasceu em ti.

Não chores por quem te abandonou,
luta por quem está contigo.
Não chores por quem te odeia,
luta por quem te quer.

Não chores pelo teu passado,
luta pelo teu presente.
Não chores pelo teu sofrimento,
luta pela tua felicidade.

Com as coisas que nos vão acontecendo,
vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar
Apenas. . .segue em frente.

(JORGE MARIA BERGOGLIO)

domingo, 1 de novembro de 2015

"NO VERDE PRADO"

Depois de comer,
no prado remoía
uma vaca taurina.
Quando o sentia,
no palácio a rainha
na cama do rei gemia
era o que se ouvia dizer
de que ela feliz seria?
(Edumanes)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

"DEBAIXO DELA"

Faz o fogo forte!
  mais rápido a água ferver
que está dentro da panela
 para mais depressa cozer
o feijão, dentro dela
em cima da trempe
 que está debaixo dela.
Palavras sem dote!
ditas por quem não sente
para se cumprir a tradição
povo pobre, Nação doente.
De barriga cheia, satisfeito,
com a chave do celeiro na mão
como se poderá evitar o despejo.
Desde aí estou, aqui, imaginando
como está pensando, talvez, não seja
creio desta vez com mais moderação
quando, hoje, o vi e ouvi discursando
sem deixar cair baba em cima da mesa
 porque, se calhar já está convencido
de que pode no meio da escuridão
 encontrar o alfinete perdido!
(Edumanes)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"UMA LUZ SE ACENDEU"

Encontrou em salvação!
fugindo duma tempestade
protegida, junto do coração
dentro do peito a saudade.

Numa rua sem iluminação,
naquela noite escura sem luar
das árvores folhas secas no chão
estavam caídas naquele lugar.

De repente apareceu,
vindo do céu um clarão
uma luz se acendeu
para iluminar a paixão.

Procurando com a saudade,
às escuras andava perdida
junto dela tinha a felicidade
dos olhos uma lágrima caída!
(Edumanes)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"O GRILO DA PITINHA"

Meteu o pé na argola!
agora está de castigo
dentro da sua gaiola
a Pitinha tem o grilo.

 Quanto mais agitado,
mais ela gosta de o ter
para, o grilo, água beber
na fonte mergulhado!

Na gaiola faz bagunça,
quanta mais ela adora
não o deixa ir embora
de maneira nenhuma.

 Quando o grilo está amuado,
da noite ou do dia, a qualquer hora
para o contentar, ela abre-lhe a porta
quando o vê, sempre, mais excitado
é disso que ela, tanto, mais gosta.

Foi apenas imaginação minha,
todas as Pitinhas gostariam de ter
se calhar um grilo como o da Pitinha
para dentro da gaiola se manter?
(Edumanes)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"CÉU NUBLADO"

 De manhã me levantei,
 cedo, por aí fui caminhando
uma voz de quem era não sei
 me pareceu ouvir chamando.

Continuei a caminhar,
com a dita voz nos ouvidos
estaria ela me acompanhando
para me desviar dos conflitos
que mais p'ralém esperando
 algures, bem escondidos.

Sem receio, em frente continuei,
o céu nublado, não vi o sol brilhar
também, nada de indesejável avistei,
só na voz que ouvi continuo a pensar,
todavia, para ouvir outra vez aquela voz
 terei de voltar, noutro dia, àquele lugar
com esperança e fé, não irei a sós!
(Edumanes)

domingo, 25 de outubro de 2015

"GAIATA MORENA"

(Imagem Google)
Com um sorriso na boca!
dos lábios libertou um beijo
sentindo uma paixão louca
vinda dum louco desejo.

Ao ter sentido prazeroso fornicoque,
 percorrendo o seu corpo de pele morena
terá sido das asas dum passarinho uma pena
  voando que se precipitou no seu decote.

Apaixonada, foi viver para uma mansão,
no jardim, junto da capoeira, numa casota
tinha um cão, um gato e um galo capão
 também nela pousava a sua passarola.

Numa noite, não contente a ciumenta,
saiu porta fora, não tendo fechado o portão
porque se sentia insatisfeita com a ementa
 causou a mais bela apaixonante rebelião.

Disso se aproveitou o galo capão,
sem demora a correr saiu porta fora,
de qualquer maneira contra-mão
se acolheu no matagal da passarola!
(Edumanes)