segunda-feira, 12 de outubro de 2015

" NO TEMPO C'AS BOLETAS FALAVAM"

O Trocas e Baldrocas,
a caminho da fêra de Castro
p'ra comprar um par de botas
levava na mão o cajado!

Dele faziam galhofa,
por nã usar ceroulas,
com as nálgas à mostra
nocutinha as calças rotas.

Ao passar por baixo duma azinhera,
tropeçou numa boleta, caída no chão,
tô indo comprar um par de botas à fêra
disse, inda nã sequer chegui a Garvão!

Atã nã quera lá ver, ó! sê pé chato,
disse a boleta, tô aqui inda verde-sã
esperando, vinda do céu, a minha irmã
com medo de ser triturada por um bácoro
tô escondendo debaixo da saia da mamã!
(Edumanes)

8 comentários:

  1. Gostei desta bolota falante hehe.
    Um abraço e boa semana.

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  2. Debaixo da saia, ela se escondia, sem dentes para mastigar era sempre mastigada!
    Sem boca para se queixar, acabava sempre comida! Tal tá a moenga heim!

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  3. No tempo que as boletas falavam, acontecia cada uma...
    Um abraço e uma boa semana

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  4. Só o Eduardo para inventar uma boleta a falar com Trocas Baldrocas
    a caminho da feira de Castro!
    Divertido!
    xx

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  5. Delicioso ....

    Bons sonhos, caro amigo

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  6. Boletas e bolotas, palavras direitas e tortas, tudo te serve para rimar.
    Achas que o Costa vai virar à esquerda e emparelhar com a Catarina?
    Fazem melhor par que o Pedro e o Paulo!

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  7. Na corrida aos tachos, apontam as minhas provisões,
    entalado entre a esquerda e a direita, o senhor Costa
    de um e de outro lado levará ainda muitos encontrões
    até receber de ambas as partes qual a melhor proposta!

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  8. Infelizmente, minha vida está uma correria sem fim e por isso quero pedir desculpas aos amigos, pois estou sem tempo para postar e para visitar os blogs que tanto estimo.
    Em breve entrarei voltando à normalidade.

    Beijos
    Ani

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