Não sei quanto tempo me demoro,
quem ao descontentamento reage
enquanto com a imaginação não volto
fiquem com esse soneto do Bocage!
XXXV [SONETO DA AMADA GABADA]
Si tu visses, Josino, a minha amada
Havias de louvar o meu bom gosto;
Pois seu nevado, rubicundo rosto
Às mais formosas não inveja nada:
Na sua bocca Venus faz morada:
Nos olhos tem Cupido as settas posto;
Nas mammas faz Lascivia o seu encosto,
Nella, emfim, tudo encanta, tudo agrada:
Si a Asia visse coisa tão bonita
Talvez lhe levantasse algum pagode
A gente, que na poda se exercita!
Belleza mais completa haver não pode:
Pois mesmo o conno seu, quando palpita,
Parece estar dizendo: "Pode, pode!"!
Não há pai para o Bocage!
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Devoto incensador de mil deidades,
(Digo de moças mil) num só momento.
Inimigo de hipócritas, e frades.
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia, em que se achou cagando ao vento.
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Fez alguns disparates,
Eliminarenquanto por cá andou
disse muitas verdades
os políticos incomodou!
A nossa imaginação, por vezes, prega-nos partidas
ResponderEliminarr: Ora nem mais!
Boa quinta-feira*
Um belo soneto que não conhecia do filho mais ilustre da manha cidade.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Há meu malandro que estás aprendendo com o Bocage a meter gingumbo a mais na caldeirada!
ResponderEliminarO Grande Bocage sempre escrevia o português correto, sem preconceitos na linguagem.
Abraço e diz-me onde compraste essa tesoura da poda.