Seja, sempre, acarinhada,
amargurada não seja a vida
nem em pensamentos injuriada
de ser vivida seja digna
nunca a vida seja desgraçada.
Não a uma folha comparada,
seca, no ramo da árvore no outono
em nenhum lugar seja abandonada
merece carinho, e não abandono.
Por onde andas tu alegria,
qual foi o mal que te fizeram
devolve à vida a tua simpatia
onde não estás, te esperam.
Dá-nos em adoçante,
os teus beijos embebidos
com voz meiga de amante
segreda-nos aos ouvidos.
Dentro duma cabana,
à luz da candeia
para alumiar a pestana
e satisfazer o bocejo...
Comendo um pedacinho de pão,
com azeitonas do chavelho,
para se manter a chama acesa,
na fogueira da paixão!
"Se um dia o sol se apagar,
no infinito dos céus
quero a luz do teu olhar
e o calor dos braços teus"
(Edumanes)
(Edumanes)