Bem se sente no corpo,
nas tardes quentes de verão
nesta vida sem retorno
sopra o vento do suão.
Suave na primavera,
sopra o vento, o sol brilha
no inverno o frio refresca
a água dentro da bilha.
Na bilha feita de barro,
no exterior tem uma pega
fresca bebida pelo cocharro
abençoada a alma refresca.
Sem mais nada na agenda,
para hoje e sempre vos fazer rir
quem mais anda mais desanda
sem daquela negra poder fugir!
Daquela nuvem negra,
digo, passageira do tempo
derramando água na ribanceira
eu a vi para o rio correndo!
Não estou não mentindo,
só estou, aqui, imaginando
nem zangado nem sorrindo
porque estou descansando!
(Edumanes)