quarta-feira, 16 de maio de 2018

"ONDE COMEÇOU A BRONCA"

O que antes tinha já não tenho,
agora o que tenho antes não tinha
com a vida bem eu me entendo
porquanto, cá ando com ela ainda.

Na Madeira foi derrotado,
ao bater na água fez ricochete
atirou uma pedra no charco
foi cair em Alcochete!

Aquele dirigente tresloucado,
 que alguém instalou em Alvalade
enquanto de lá não for afastado
no Sporting, não haverá tranquilidade.

De positivo nada fizera,
para manter a união
quem muito fala pouco acerta
  quem o diz tem razão!
(Edumanes)

domingo, 13 de maio de 2018

"VERDES AZEITONAS"

"Verde foi meu nascimento.
mas de luto me vesti
para dar a luz ao mundo
mil tormentos padeci"

Maduras gosto das maganas,
verdes, elas,  não se comem
também precisa de azeitonas
só se pão não vive o homem!

Numa noite de primavera,
a Lisboa conseguiu chegar
em silêncio e máxima cautela
saiu de Santarém sem avisar!

Mais vale tarde do que nunca,
em defesa da mui Nobre Nação
por justa causa sem dúvida alguma
do seu lado o povo tinha a razão!

Povo humilde tem cuidado,
Com suas ideias retrógadas,
bem arraigadas ao passado
andam por aí figuras tortas!

Elas continuam ansiosas,
para a ver sair daqui porta fora
por não gostarem dela assim
afiada querem a tesoura da poda
para podar os cravos e as rosas
e outras flores deste jardim!

Agindo com humildade, 
o povo é quem mais ordena
sejas bem vinda liberdade
esperar por ti valeu a pena!

Mas, em Portugal, presentemente,
quase nada ou nada está ordenando
porquanto, que, à canta de rica gente
gente rica bem na vida está gozando!
(Edumanes)

sábado, 12 de maio de 2018

"VIAGEM DE TRABALHO AO MINHO"

Portugal ao mar encostado,
estou aqui imaginando
 de que foi bem planeado
 tanto no Sul plano
como no Norte ondulado.

Não vi lá os sobreiros,
nas margens do Rio Douro
cobertas as vi de vinhedos
aquele rio é um tesouro.

Bem podia este ser mote,
se eu o tivesse escolhido
passei de sul para norte 
da veracidade não duvido.

 O Rio Douro para o outro lado,
não sei se ouviu quem antes lá esteve
depois, ou na época dos marmelos
de Matosinhos para Vila Verde
pernoitei em Barcelos
mas, não ouvi cantar o galo.

Um prato atafulhado de rojões,
chovia a estrada estava molhada
 a sós falando com os meus botões
almocei nos arredores de Braga.

Não me fez companhia,
esteve ausente o Alvarinho
logo a seguir ao repasto
conduzindo e falando sozinho
deslizando estrada abaixo
depois de passar pela Invicta
de onde no dia anterior tinha saído
ciente, cheguei ao fim do dia
com o dever cumprido!
(Edumanes)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

"MANERA ALENTEJANA"

Amori andê por ai nã sê,
calhando adonde andi
como sem saber para quê 
fui à urbe comprar um anzoli
vi lá o compadri Maneli
anstaiçado à cata da mulher
com a pinta chê d'arroz
tá buzio brezuntando o nariz
com os bêços embabosados
da manera que o destino quis
bebi cafei, na camineta monti
esqueci lá dos teus sapatos?
Mas olha para ti mê amori
dessa rosa nã esqueci!
(Edumanes)

segunda-feira, 7 de maio de 2018

"IMAGEM VERDADEIRA"

Se recordar é viver,
aqui estou eu recordando
jamais poderei esquecer
de que sou alentejano!

Não sendo contra os minhotos,
cá em casa tenho um galo de Barcelos
outrora, nos pés calcei sapatos rotos
 agora novos tenho um par de chinelos.

 Tilintaram as garrafas e os copos vazios,
não se ouviram tocar os sinos no campanário
num almoço, acompanhado dos meus amigos
no dia do meu Vigésimo Sétimo aniversário!

Da Metrópole estive longe,
outrora, sete anos em Angola
dos quais permaneci um ano
no caminho para Malanje,
do qual jamais me esquecerei
 com saudades recordo ainda agora
aquele bom tempo que lá passei
a seis quilómetros do Luando
 no aldeamento do Muiei!

Não faltava, mesmo, nada
de tudo o que lá havia,
não havia electricidade
nem água canalizada
mas havia felicidade!

Como num paraíso encantado,
 a seguir a um curto interregno
 depois de uma viagem ao passado
à blogosfera estou de regresso!

Sou oriundo do povo,
venho sem nada na mão
para festejar convosco
a vitória do Dragão!

Toda a culpa foi da muita facilidade,
pelo Benfica, no Estádio da Luz, cedida ao Tondela
a Águia voando abaixa altitude perdeu a velocidade
nesta de branco e azul florida primavera.

Seguido do empurrão,
deu-se o inevitável despiste
qual deles o mais impostor
 os parabéns ter dado, disse
o responsável domador do leão
ao seu grande amigo vencedor
ilustre treinador do Dragão!

 Pelo titulo de campeão,
não admira que emocionado esteja
bem sentado no sofá, ao serão
o qual lhe foi dado de bandeja!

A taça será bem entregue,
por não haver nenhuma dúvida
 nas mãos de quem a merece
a primeira poderá ser a última?

As flores estão murchando,
no fim de mais uma primavera
enquanto os anos vão passando
continua bojardas da boca libertando
cada dia que se passas mais careca
o presidente pintão está ficando!

Presidente pintão há só um,
de alegria gritam os esfaimados
está sendo uma grande cagança
a festa na Avenida dos Aliados
depois de quatro anos de jejum
naquela noite a ceia foi sopaedança!

Sem amor nenhum,
a vida tem menos valor
não sou adepto de nenhum
aplausos ao conquistador!
(Edumanes)

segunda-feira, 16 de abril de 2018

"A BERTA À PORTA ESPERA"

Duvido da sinceridade de Sofia,
essa tal vendedora de publicidade
não simpatizo, mesmo nada, com ela.
Pura como a luz do sol que nos alumia
com a sua não duvidosa simplicidade
 eu confio é na lealdade de Berta!

A Berta espera à porta,
não se cansa de esperar
abro eu a porta a Berta
para a Berta poder entrar,
se a Berta bater à porta
amanhã não vou cá estar
para abrir a porta à Berta!
(Edumanes)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

"À BEIRA DO MAR"


Foi nessa verde paisagem,
que um dia encontrei o mote
entre uma e a outra margem
no rio para o mar água corre!

Vi borboletas a voar,
sobre a paisagem florida
 no céu, vi o sol a brilhar
como se fosse agora,
 vi uma onda enfurecida
 embater contra uma rocha
sentado à beira do mar!

Na praia, sem roupa,
da água sair despida
na areia vi uma garota.

Cantava o rouxinol,
uma gaivota voava, voava
quando eu para ela olhava
uma nuvem tapou o sol

A sorrir, não triste, voltei para casa a cantar,
com os bolsos cheios, de esperança, não vazios
nas ondas do mar à deriva, não vi barcos a navegar
 fiquei em terra a ver passar comboios não navios!
(Edumanes)

quinta-feira, 12 de abril de 2018

"PENICO DE ESMALTE"

Repleto de luxo e misérias,
neste mundo em que ando
corre o sangue nas artérias
enquanto durmo e sonho!

 Dizem os governantes com altivez,
 governar para o bem estar do povo
 os que morrem não nascem outra vez
  aos vivos não causam mais estorvo!

 Os pobres são a tábua de salvação,
pelos governantes tratados como lixo
sendo alguns não só mesmo por aversão
que teimam mijar para fora do penico!

Quando sopra, forte, em liberdade,
falta se fosse no campo o penico não fazia
lá onde se poderá sempre mijar à vontade
até o vento no mijo soprando assobia!
(Edumanes)

quarta-feira, 11 de abril de 2018

"A ESSA SEMPRE DIREI NÃO"

Nunca mais me afastei da esperança,
desde o dia em que chorei com a saudade
sempre tenho dito e direi, abaixo a ganância
  visto que por ela não sinto nem sentirei afeição
a qual não sente dificuldades, actua sem lealdade
como quem não sente as batidas do coração
livremente, vagueia no seio da humanidade!

 Porque, sei não ignoro a realidade,
um dia lá para onde contrariado, irei
por cá, a evoluir, continuará a saudade
sei que dela para sempre me separarei
embora seja contra a minha vontade!

 Para jamais se deixar enfraquecer,
por bem conquistou a jovialidade
para mais tempo jovem se manter
sempre mais, mais e mais fortalecer
os alicerces do amor e da felicidade!
(Edumanes)

segunda-feira, 9 de abril de 2018

"LAURENTINA"

Não basta só o tempero,
são precisos outros ingredientes
para se poder trincar um pêro
 os dentes têm de ser resistentes
 a vida é bela sem desespero!

Não por desavença alguma,
dos meus, dentes, distantes 
em Angola ficaram dois
já não é como era dantes
porque, a seguir a uma
não recusava a outra depois.

 Bem eu dela ainda me estou lembrando,
no quartel em Vila Cabral havia uma cantina
por não ser aquilo que alguns estarão pensando
vejam a posição daquela, tombada, laurentina
  a qual nos alegrava,  não estou aldrabando!
(Edumanes)