Ai ai meus senhores nesta vida que é tão boa,
com as mãos nas algibeiras, ao passar por Albernoa
ouvi cantar as janeiras. Ouvi cantar as janeiras
Ai ai nesta vida que é tão boa.
Albernoa Baixo Alentejo. Outrora do latifundiário
nesta vida que é tão bela, nesta vida que é tão dela
cada vez gosta dela. Neste pais que é tão pequeno.
Ai ai meus senhores, não sei onde cabe tanto larápio.
Onde cabe Tanto larápio, sim senhor pois então.
Tenho saudades do Alentejo,
da terra que me viu nascer, às escuras, sem luz.
Sem luz acredito. Acredito, Como outrora havia,
no Alentejo já não há pão. Alentejo terra de trigo,
considerado que foi, outrora, o celeiro da Nação.
Semeado na terra lavrada, a rigor.
A rigor, não andor. Andor diz-se a quem descontente
está aqui. Então que vá embora. Mas não no andor
que transporta a Santa Nossa Senhora Virgem Maria
mãe de Jesus. Mãe de Jesus, reza a história,
pelos traidores foi crucificado, na cruz.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, amém
Amém, sempre assim foi é, e será?
a hora é para todos, a merenda para quem a tem!
(Edumanes)