quinta-feira, 29 de novembro de 2018

"A ROSEIRA TEM ROSAS E ESPINHOS"

Passa-se no Parlamento,
na bancada dos centristas
eles e elas fazem pé de vento
 só para darem nas vistas!

Ai seu fosse primeira ministra,
diz ela com dores de cotovelo
triste sorte de quem nela acredita
bem eu a sua manha percebo!

Rodeada de muitos amores,
ela vive no mundo da aventura
nada fez a bem dos agricultores
outrora Ministra da Agricultura!

Na vida de muita gente,
será como ai que mal soa
não a conheço pessoalmente
nada tenho contra a pessoa!

Cujo o seu nome, não o vou aqui dizer,
para não causar mais mau estar nem inveja
a quem trabalho o pior poderá acontecer
neste pais, se ela conseguir o que deseja?
(Edumanes)

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

"ROSA ALBA"

 Saí de casa a pensar,
como é tão bela a vida
regressei a casa pensando
a vida é para ser vivida,
neste mundo vou andando
enquanto a morte deixar!
(Edumanes)

domingo, 25 de novembro de 2018

"VENHAM VER O ALENTEJO"


Dizem que é um deserto,
as más línguas em desatino
para terem a certeza
de que não estou mentindo
de Trás-os-Montes e do Minho
venham visitar o Alentejo,
não tem espumante Alvarinho
mas tem boa pinga na Vidigueira
do branco e, também, do tinto!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

"MAIS PESADA DO QUE PENA A VOAR"

Triste anedota sem graça que ouvi contar,
 quem a contou mais à laia de, triste, gozo,
quando morrer de pé poderá ter de ficar
quem no mundo não tem onde cair morto?

De sede, se lamenta com sentimento profundo,
a morte da preguiça com a água até ao pescoço
 ainda não confirmada esta notícia, do outro mundo
 onde não se sabe o que mais lá poderá acontecer
 nem se é ou não do que este mais maravilhoso?
(Edumanes)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

"ALBERNOA"

Ai ai meus senhores nesta vida que é tão boa,
com as mãos nas algibeiras, ao passar por Albernoa
ouvi cantar as janeiras. Ouvi cantar as janeiras
Ai ai nesta vida que é tão boa.
 Albernoa Baixo Alentejo. Outrora do latifundiário
nesta vida que é tão bela, nesta vida que é tão dela
cada vez gosta dela. Neste pais que é tão pequeno.
Ai ai meus senhores, não sei onde cabe tanto larápio.
Onde cabe Tanto larápio, sim senhor pois então.
Tenho saudades do Alentejo,
da terra que me viu nascer, às escuras, sem luz.
Sem luz acredito. Acredito, Como outrora havia, 
no Alentejo já não há pão. Alentejo terra de trigo,
considerado que foi, outrora, o celeiro da Nação.
Semeado na terra lavrada, a rigor.
A rigor, não andor. Andor diz-se a quem descontente
está aqui. Então que vá embora. Mas não no andor
que transporta a Santa Nossa Senhora Virgem Maria
mãe de Jesus. Mãe de Jesus, reza a história,
pelos traidores foi crucificado, na cruz.
 Glória ao Pai, ao Filho  e ao Espírito Santo, amém
Amém, sempre assim foi é, e será?
a hora é para todos, a merenda para quem a tem!
(Edumanes)

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

"NO CÉU AZUL"

Já não têm conserto,
barulhentas altas vozes
alvoroço, desassossego
estão gastas as artroses!

Com a chuva em repouso,
está um dia soalheiro
neste mundo maravilhoso
o Sol brilhar, no céu, vejo!
(Edumanes)

domingo, 18 de novembro de 2018

"PRAIA DESERTA"

Bem se sentindo com a sua beleza,
debruçada no parapeito da janela
com alegria, disse adeus à tristeza
sem que algo pudesse fazer por ela!

 Virgulina, mulher bela,
apaixonada pelo Virgulino
num encontro amoroso
já depois do sol posto
como quisera o destino
que fosse numa praia deserta
com as ondas em alvoroço.

Num bailado arrebatador,
à luz da Lua no céu prateada
numa louca paixão de amor,
de estrelas luzentes cercada!

Corpos unidos um no outro
por afectuoso relacionamento
não há nada mais maravilhoso
do que um amor ternurento!
(Edumanes)

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

"O SOL NO CÉU, NA TERRA AS FLORES"

Contrariar não pretendo,
quem não pensa como eu
do que agora noutro tempo
em Portugal pior se viveu!

De noite e de dia,
sendo mais a tristeza
menos era a alegria
vivida na incerteza!

Não só por falta de electricidade,
aqui em Portugal, vivia-se às escuras
impostas pela dita, dura austeridade
mais tormentosas eram amarguras!

Não tenho desse tempo,
nenhumas saudades
mais liberdade agora tenho
para dizer as verdades!

Sem medo sejam ditas, entendo,
para quem nelas, ainda, acredita
mentiras dizem-se no Parlamento
só aos deputados enchem barriga!

Navegam os barcos no rio,
são mais do que meia dúzia
deputados, mais compadrio
nunca se viu tanta balbúrdia?

Mesmo assim sendo,
no meio de tanta batota
melhor agora se vivendo
do que se vivia outrora!

Para quem quiser acreditar,
nestas verdades que escrevi
tenho uma casa para morar,
 Novembro mês de pagar IMI!

 Está na moda do mais pagar, 
cada vez menos se recebendo
por entre as flores a caminhar
aqui na terra vendo a brilhar
o Sol no céu azul me contento!
(Edumanes)

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

"VALE A PENA VER E OUVIR"

Da cepa de uma videira,
não para me emborrachar
bem sentado numa cadeira
não alérgico à trabalheira
fiz um cachimbo para fumar!

Para isso foi preciso ter habilidade,
tenho alguma, não me estou gabando
mas, se houvesse mais solidariedade
menos gente estaria protestando?

Quanto mais atafulhava de tabaco a fornalha,
mais parecia o comboio a deitar fumo pela chaminé
logo me fez lembrar, em Angola, do comboio Mala
sobre os carris entre as montanhas fazendo banzé!

Viajei nele de Silva Porto-Gare até à cidade do Luso-Luena,
nele regressei à cidade de Silva Porto-Gare, actualmente, Kuito
do que o Camacouve tinha mais luxo,  bem que valeu a pena
aquele pais que outrora foi colónia portuguesa ter conhecido!
(Edumanes)

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

"URZE"

De uma cepa fiz um pião,
de fios de linho fiz um cordel
num talego vazio sem farnel
para a merenda não havia pão!

Sempre houve e há descontentamento,
sempre houve e haverá arrogância,
a viajar, continuam no pensamento
 lembranças, essas, da minha infância!

Nada disso estou inventando,
sem azeitonas um corno vazio
pelas faces corriam-lhe a fio
lágrimas dos olhos chorando!

Um alentejanito dizia,
tenho fome, ó! mãe dá-me pão
nos olhos, com lágrimas de tristeza,
magoado sentindo o seu coração
não filho! Sua mãe respondia. . .
O pão é para o teu pai comer
logo à noite, quando chegar do trabalho
com um feixe de lenha enfiado na cabeça!
(Edumanes)
"Em algumas zonas do Baixo Alentejo. Era costume os homens à noite regressarem do trabalho com um feixe de lenha às costas.  Para acenderem o lume e nele, ao serão, se aquecerem".