sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

"FLOR NO DESERTO"

  De onde está, sem se poder bulir,
  do fim, ficando, cada vez mais perto
  por muito tempo não poderá resistir
  sem água, aquela flor no deserto?

Encontrei-me com a saudade,
no, lindo,  jardim das pimpolhas
falei com ela junto de uma árvore
que tinha penas em vez de folhas!

Amor é um sentimento,
 não escolhe raças nem idades
surge a qualquer momento
quando parte deixa saudades!
(Edumanes)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

"DA TERRA À MESA DOS CONSUMIDORES"

Já tive oportunidade
 e tempo para as contar,
mas ainda as não contei,
por isso estou a pensar
com toda a sinceridade
 quantas, dizer não sei?

 Até ser pão,
no forno cozido
os grãos de trigo
muitas voltas dão.

Num vai e vem,
quem se sente mal,
onde não se sente bem,
dá-se bem em Portugal,
que bom clima tem.

Tem flores e não só,
como sendo a riqueza
 coisas que não metem dó
à paisagem dão beleza!
(Edumanes)

sábado, 25 de janeiro de 2020

"ROSAS VERMELHAS"

Nasci abraçado à vida,
não a quero abandonar
por ser uma boa amiga
com ela quero continuar.

Pelas rosas sou apaixonado,
as flores nos exalam perfume
para andarmos de braço dado
é a grande paixão que nos une.

Não me preocupo com o que não sinto,
mas sim com o que sinto e não desejo sentir
para que possa por aqui ir andando e sorrindo
até à ultima viagem sem regresso quando partir
para um, desconhecido, não desejado labirinto
onde já não encontrarei ninguém a sorrir?
(Edumanes)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"O SOL NASCE PARA TODOS"

Se tudo aquilo em que penso, escrevesse
com a ponta dos dedos nas teclas do computador,
pensando eu, se toda a gente se entendesse
bem podia transformar o ódio em amor.

Para a humanidade melhor seria,
se no mundo sofrimento não houvesse
o sorriso de uns outros sofrer não faria
como ainda não raras vezes acontece.

Pois, eu penso porque não consigo,
embora tenha vontade de não pensar
de que até seria fácil, disso não duvido
muitos sofrimentos se podiam evitar.
(Edumanes)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

"TEMPESTADE TROPICAL"

Os jornalistas já têm entretimento,
porquanto persistem seguir o rasto dela
também pela coscuvilhice comentada
na praça publica já está sendo ela
antes de o ser pela justiça condenada.

 Para o local onde ocorreu a desgraça,
os jornalistas correm atrás da noticia
enquanto, a justiça continua à espera
de ser, pelas investigações, informada.

Que se prolongará no tempo,
já têm com o que se entreter
será como estarão pretendendo
para os seus empregos manter?
(Edumanes)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

"RIQUEZA-ABUNDÂNCIA"

Muita gente reclama,
 nunca  tanto como agora
houve tanta fartazana.
De:
Corruptos e vigaristas,
mentirosos e aldrabões
dizem fartotes de mentiras
 quando vão ás televisões
de que estão sendo vitimas
de infundadas acusações.
(Edumanes)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

"PLANÍCIE ALENTEJANA"

Porque chove, tão, pouco,
no Alentejo onde nasci
mais água para aquele povo
à providência divina, já, pedi!

No entanto,  não ficarei quedo,
porquanto posso humildemente
  pedir, sinceramente, a São Pedro
que não se esqueça daquela gente!

 Tão somente reclama,
porque falta de água sente
naquela província plana
Alentejo terra de gente!

Sempre melhor vida quisera,
quem ama o lugar onde nasceu
aquela gente que trabalha na terra
como também lá trabalhei eu!
(Edumanes)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

"DAR PALHA AO BURRO"

Segunda-feira de  manhã, o pai chama o filho. Ó! Manel acorda. Responde o Manel. Está pendurada atrás da porta!

Terça-feira de manhã.  O pai. Manel estás acordado ou estás a dormir. O Manel pergunta para quê pai? É para ires dar palha ao burro, ó pai estou dormindo!

Na Quarta-feira, de manhã. O pai. Manel, estás acordado ou estás dormindo. Manel pergunta para que é que o pai quer saber?   A açorda está pronta. Responde o Manel, estou acordado pai!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

PORTUGAL aos olhos de uma Brasileira (Ingratidão e pessimismo)

Ruth Manus, é advogada e professora universitária e escreve num blogue num Jornal de S. Paulo. E escreveu isto sobre Portugal, num texto que deve ser (é !) um orgulho lermos:
«Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e optimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui, embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afecto que têm os portugueses.