quinta-feira, 1 de maio de 2014

"O POETA APAIXONADO"

Lágrima caído no chão!
O poeta e a poesia
Na sua imaginação
 Não é tristeza é alegria.

O poeta, com paixão...
Escreve versos de amor
Em forma de coração
Viu as pétalas de uma flor.

Observa o céu estrelado,
De papel e lápis na mão
Escreve versos para o fado
Compõe letras para a canção
O poeta apaixonado...

O poeta...imagina...
Escreve com o «coração»
Dos olhos de uma menina
Caíram lágrimas no chão.

Com amor e paixão,
O poeta imaginou
Pegou em sua mão
Por ela se apaixonou!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 30 de abril de 2014

"CANTA O GRILO, COAXA A RÃ!

Amanhã é o dia primeiro de Maio!
Hoje fim do último dia do mês de Abril
Na floresta o cuco, a rola e o gaio
Cantam e encanta o seu perfil.

Faça frio, chuva ou calor,
Cantam cada um à sua maneira
Pousados nas pétalas de uma flor
Fazem tamanha barulheira.

Logo pela manhã!
No poleiro canta o galo
Zurra o burro no estábulo
Canta o grilo, coaxa a rã!

No inverno sem manta,
Coitadinho tem muito frio
Ao sol, fora do buraco, o grilo
Mais na primavera, canta.

Neste mundo alegria tanta,
Está sempre a mais a tristeza
Passo o rio para a outra banda
Vejo no Alentejo muita beleza.

Nascer e crescer em liberdade,
Naquela bela paisagem florida
Viver no campo bem à vontade
Com a felicidade toda a vida!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 27 de abril de 2014

"SILABAS ENDIABRADAS"

Nos bichos e nas sílabas endiabradas!
Aconteceu num momento de sorte
Nas pétalas das rosas desabrochadas
Para rimar com flores, encontrei o mote.

Nem no centro, nem no norte,
Nas paisagens do Alentejo litoral
Medonho sopra o vento forte
Tentando destruir Portugal.

As medidas alarmantes,
Aumentam as contestações
Cujas ideias deteriorantes
São perigosas intenções.

Na cabeça leva o véu,
A noiva para o altar
Brilham estrelas no céu
Noites escuras sem luar.

Pastam as cabras lá na serra,
De noite e de dia a relampejar
Sem cessar, cai a chuva na terra
Lá no monte os lobos a uivar.

Luzem os olhos dos gambuzinos,
Escondidas as matreiras raposas
Cuidam dos bois bravos os campinos
No campo há coisas maravilhosas.

Há gaiatas bem jeitosas,
Na idade de acasalar
Outras tantas enganosas
Que esperam encontrar.

Bem maduras aprendem a voar,
Lá vão elas sorrateiras à procura
Não se cansam de imaginar
Pelos caminhos da aventura.

Quando falham ficam a chorar,
Não tiveram atenção à ranhura
 Voando alto demais sem reparar
Na distância do amor à  ternura!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

"40 ANOS DE LIBERDADE"

Símbolo da revolução!
Cravo vermelho uma flor
Quarenta anos de democracia
Continua lutando contra a dor
Esta desgovernada pobre Nação
Tanta felicidade, tanta alegria
Valeu a pena a revolução?

Têm sacado até mais não...
A democracia está na penúria
Só o povo tem a chave na mão
Para pôr fim a tanta balbúrdia!

Tudo pode mudar num só dia,
Sem ser preciso outra revolução
Só o voto pode salvar a democracia
Se o fizermos no dia da votação!

Livremente, de caneta na mão,
Votar numa revolução sem enganos
Para comer que não nos falte o pão
Nós podemos alterar os planos!

Se queremos continuar a viver em democracia,
Teremos que colocar a cruz no quadrado certo
Podemos fazê-lo em liberdade num só dia
Antes que nos mandem a todos para o inferno!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

"FELIZ PÁSCOA"

Estará ela no doce ovinho?
A doçura que todos desejam
Momento de amor e carinho
Quando os lábios se beijam!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 12 de abril de 2014

"ENTALADA NA GRETA"

Sem ternura e sem amor!
Sem vergonha, sem postura
Cada vez há menos valor
 Sempre a pagar a factura
Os mesmos do costume
Na árvore a folha seca
Flores sem perfume
Ficou entalada na greta
 A folha caída no chão
A coisa ficando preta
Pôs o pé num buraco
Sem esperança e sem fé
Foi grande o trambolhão
Caminhava pela vereda
Na pedra bateu com o pé
No chão ficou estatelado
Sem dinheiro na algibeira
 Levou um grande pontapé
Rebolou pela ribanceira
Na selva o chimpanzé!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

"SONHOS DE ESPERANÇA"

As gaivotas voando em liberdade!
Atravessam o rio para a outra banda
Ficaram perdidos na mocidade
Sonhos de esperança!
O pastor cantando
Encostado ao cajado
As ovelhas pastando
No verde prado!
Na terra, o verde milho
De corpo vergado
Mulheres mondando o trigo
Em Abril verde espigado!
Maio, loiro, em Junho ceifado
Transportado para a eira
Para ser debulhado
Pela máquina debulhadeira!
No verão, do sol intenso calor
Pelos homens, atado em molhos
Com o corpo banhado em suor
Das lágrimas caídas dos olhos!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 6 de abril de 2014

"PRENDIDA NA TEIA"

Menina apaixonada!
Beija, bem beijada é
Com carinho abraçada
Tem esperança e fé
Ama, é bem amada
A vida não a preocupa
A sorrir de alegria
Feliz na aventura
Para toda a vida
Prendida na teia
A moça despida
Deitada na areia
Estava a maré cheia
Na rocha não vi o búzio
Da pata, o Pato coxeia
O Pato, da Pata, viúvo!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

"A DOENÇA. . .VANTAJOSO NEGÓCIO"

 Só pensam na fortuna!
Com um simples supositório
Tudo pretendem menos a cura
 A doença vantajoso negócio!

 Brincam com a doença dos outros!
Esses usurpadores sem memória
Pensarão eles que são todos loucos
Como eles doentes da cachimônia!

Rentabilizar a saúde!
No turismo devemos apostar
Expliquem lá isso amiúde
Até aonde a querem levar!

Quantos mais enganam!
Outros mais pretendem enganar
Já não sabem por onde andam
Nem onde mais explorar!

Sempre tenho ouvido dizer!
Pessoa de bem, não enfadonha
Pensava eu quem governa ser
 Afinal, não têm vergonha!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"CIDADÃO REVOLTADO"

Cidadão revoltado!
Sem dinheiro receber
 Trabalhei, andei descalço
Tenho razão para o ser.

Agora estou aposentado!
Chegou o governo cortador
Corta pensão e ordenado
No país aumenta o terror!

Já promete o IRS baixar!
Aproximam-se as eleições
Para os eleitores enganar
Depois das eleições ganhar
Corta ordenados e pensões!

Com o meu voto, não ganha não,
O meu voto não o dou um governo
Que a quem trabalha tira o pão!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 1 de abril de 2014

"FIM DA EVASÃO"

Com encapuzadas medidas!
Quase a chegar ao fim a evasão
Vão passando as noites e os dias
Todavia, continua a repressão!

Porque és honesto e pobre!
Avança na luta com cautela
Para não morreres de fome
 Não deixes roubar a gamela!

Não querendo ser identificado!
Os pobres continuará a explorar
Ditador com ideias do passado
Encapuzado pretende continuar!

Do presente, não seguro!
Com a austeridade irá continuar
Para o povo mais negro o futuro
Quem no intruso acreditar!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 30 de março de 2014

"MACAMBÚZIO"

O não domesticado Macambúzio!
Mal humorado pontapeia sem vezes
Pensa até ser a única besta no mundo
Quer comer a ração das outras rezes!

Em sentido contrário puxa a carroça!
Teimando não lavar a terra com o arado
Com a especial farinha de alfarroba
Continua a ser bem alimentado!

 Bem preso a resistente corda!
De cabresto tem de continuar
Como quem está preso na forca
 Burro sem forças não zurrar!

Quem da pesca sabe viver!
Engana os peixes com o engodo
Não se cansa quem corre por gosto
Sempre tenho ouvido dizer!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 25 de março de 2014

"FALSAS FINEZAS"

Não confio nas palavras do governo!
Hoje, falou de mansinho na televisão
Mais humilde, é o mesmo traiçoeiro
O que mais tem causado é confusão!

Com lágrimas de crocodilo nos olhos!
Disse; o Embusteiro, chegou o momento
Olhar para os mais pequenos abrolhos
É preciso, mesmo ter descaramento!

A próxima-se a data das eleições, isso sim!
Gente dessa laia que só pensa nos milhões
O governo,  à vida das pessoas quer por fim
Apoiante, dos mais prestigiados ratões?

Quando oiço essa gente desumana assim falar!
Contra todas essas falsas finezas, fico revoltado
Os ricos consomem, sempre os mesmos a pagar
Como sempre, o povo continua a ser explorado!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 24 de março de 2014

"MOLÉSTIA"

Herdada do Estado Novo!
Contagiando está o presente
Moléstia, virus perigoso
De um passado recente!

De um futuro duvidoso!
 Alguém continua a sonhar
Se o não é, parece ser louco
Sem ter asas quer voar!

Em sonhos não são reais!
No escuro as promessas
Os pesadelos são fatais
Acontecem nas sonecas!

Debaixo da terra germinou!
Nasceu de semente envenenada
Que alguém na terra semeou
Uma planta contaminada!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 22 de março de 2014

"BANDARRA, PROFETA SAPATEIRO"

NÃO PORTUGUÊS, MAS PORTUGAL - DISSE FERNANDO PESSOA.

QUANDO TUDO ACONTECEU...

Em torno de 1500 nasce em Trancoso. - 1530 a 1540:  Compõe suas trovas. - 1541: Julgado pelo Tribunal do Santo Ofício, condenado com uma pena leve. Retorna a Trancoso onde vem a falecer em 1556. - 1603: As trovas do Bandarra são impressas pela primeira vez, em Paris, por obra de D. João de Castro (Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra, Sapateiro de Trancoso). - 1644: As trovas são publicadas por segunda vez, em Nantes. - 1809: As trovas são reeditadas em Barcelona, por ocasião das Invasões Francesas.
Sonhava, anónimo e disperso,
O Império por Deus mesmo visto,
Confuso como o Universo
E plebeu como Jesus Cristo.
Não foi nem santo nem herói,
Mas Deus sagrou com Seu sinal
Este, cujo coração foi
Não português, mas Portugal.

Fernando Pessoa, sobre o Bandarra

Desta figura, Fernando Pessoa chegou a afiançar: "O verdadeiro patrono do nosso País é esse sapateiro Bandarra. Abandonemos Fátima por Trancoso (...). O Futuro de Portugal − que não calculo mas sei − está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra (...). O Bandarra, símbolo eterno do que o povo pensa de Portugal".

De tão evidente, o seguinte verso do Bandarra poderá ter sido um dos seus derradeiros auspícios, cumprido e perpetuado que se encontra:

Em dois sítios me achareis, 
Por desgraça ou por ventura: 
Os ossos na sepultura,
A alma nestes papéis.

Melhor do que eu, que nem a taluda sei profetizar, Bandarra sabia o que predizia. Grande profeta ou não, em uma das suas coplas parece confirmar a continuidade do pretérito português:

Sou sapateiro, mas nobre 
Com bem pouco cabedal: 
E tu, triste Portugal,
Quanto mais rico, mais pobre.

De profeta, nada tenho. Quanto a saber do destino da muito querida Pátria, basta-me o aforismo: mais vale um bom desengano, que toda a vida andar enganado. ■
Eduardo disse;
Ambição, não é loucura!
Para viver melhor pudera
Gastar muito porventura
Portugal, assim quisera!

Pobre, pensando ser rico!
Já naquele tempo acontecia
Bandarra, viveu na Monarquia
profeta, sapateiro de ofício!

sexta-feira, 21 de março de 2014

"DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E DA POESIA"

Distraído eu andaria!
Não é nada de grave
Também é da poesia
 O dia Mundial da árvore
Aonde estava não a vi!
Partiu noutra aventura
Não encontra ternura
A sonhar anda por aí!
Herdada do passado
Já fez mal a muita gente
Não há um só culpado
Está falido o presente!
A caminho da  chalorda
Sem talento desvairado
Em Portugal um calhorda
Sem ter asas quer voar!
Nem tudo é encantador
Nem tudo é sossegado
Nem tudo é felicidade
Nem tudo é lapidado
Nem tudo é tristeza
Nem tudo é amizade
Nem tudo é riqueza
Nem tudo é lealdade
Nem tudo é pobreza
Nem tudo é humildade
Nem tudo é com certeza
Nem tudo é caridade
Nem tudo é justiça social
Nem tudo é realidade
Nem tudo é consensual
 Nem tudo é personalidade
Nem tudo na vida é amor
Nem tudo é respeitado
Nem tudo no jardim é flor
Nem tudo é comercializado
Nem tudo no mundo é beleza
Nem tudo pode ser condenado
Não condenem a mãe natureza!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 20 de março de 2014

" SEARA DE TRIGO E PAPOILAS"

Bem vinda a primavera!
Situado a sul do Rio Tejo
Do ano a estação mais bela
Está mais lindo o Alentejo!

Floridas no campo as papoilas!
A olhar para elas fiquei parado
A mandar o trigo vi as moçoilas
No Alentejo à beira do Rio Sado!

Acasalam os passarinhos!
Feno, levam no bico a voar
Para construir os seus ninhos
Num vai e vem sem parar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 19 de março de 2014

"VERDES ARROZAIS"

     Não há petróleo, pode haver milagres!...
Barco, sem rumo, a navegar no alto da onda
 O que há mais em Portugal são disparates
No Alentejo,  passei por Nave Redonda
A caminho do Algarve, para Monchique
 Dei a volta, de regresso ao Alentejo
Para a Mimosa, passei por Ourique
 Em Alvalade do Sado vi o verde brejo
O qual no Alentejo, ainda, existe.
Petróleo, poluidor das belas maravilhas
Foram desbravados enormes matagais
 Pelo canal, da Barragem de Campilhas
  Corre água para regar os verdes arrozais!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 18 de março de 2014

"SONHOS...ILUSÃO"

Os sonhos são ilusão!
Não ando não a sonhar
Do Alentejo vou falar!
Sem dizer palavrão!

Nas pedras a tropeçar,
Para calçar, não tinha botas
Andei com as calças rotas,
No Alentejo a penar!

Chegou a tão desejada liberdade!
Pôs fim a 48 anos de regime hostil
Trouxe ao povo alegria e felicidade
A revolução dos cravos, em Abril,

Na primavera, florido!
Esperada há muitos anos
Assim do Alentejo a seu pedido
Falei, digníssima Laura Santos!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 17 de março de 2014

"CONTRA AS INJUSTIÇAS LUTANDO!

Com orgulho e teimosia!
Estão o povo empobrecendo
Senão visse não acreditaria
O que está acontecendo!

Protestando contra a fome,
Contra as injustiças lutando
Revolta-te contra a má sorte
Para não viveres penando!

Arrogantes sem consciência,
 Em sentido contrário remendo
Não se resolve com truculência
Para suportar as dores gritando
O único remédio, é a paciência!

Alcançar o que tanto se deseja,
Só com inteligência se conseguirá
Não cai do céu dentro da bandeja
Com esperança esse dia chegará!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 14 de março de 2014

"SEM FIM À VISTA"

Se inteligência não há!...
Porque haverá tanta cobiça
 O consenso por onde andará 
O que será feito da justiça!

Do futuro que o espera...
Silencioso, triste, o passarinho
Sopra o vento de mansinho
A caminho vem primavera.

Tudo piora, sem fim à vista,
Na esperança algo se perdeu
A guitarra nas mãos do guitarrista
Chora mas o fado não morreu!

Com esperança toda a gente sonha,
Por todo o lado anda sem morada certa
Deveria alegre ser, mas não é risonha
Viver neste país, a vida é incerta!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 12 de março de 2014

"OS CANÁRIOS PASSARINHOS"


Portugal,  está muito doente!
Diagnosticado cancro maligno
 Contra a medicina inteligente,
Sem cura, continua mendigo.

Três anos de consultas amiúde.
Vê-lo nesse estado de deleite
Até parece que esbanja saúde
Não liga, nem a este nem aquele
 Desvairado de loucura mediocre.

Quando feitas ao contrário,
Das muitas cometidas asneiras
Sem controle peças imperfeitas
 Saem das fábricas de vestuário.

Os canários...passarinhos...
Cantando bem à sua maneira
Nos verdes ramos da oliveira
Vão pousar os estorninhos!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 11 de março de 2014

"LEGITIMIDADE"

Para do poder o afastar!
Só o povo tem legitimidade
Já chega de tanto pensar
Está na hora da verdade!

Precisamos de gente honesta,
Para este pais bem governar
Não sei o que é que o povo espera
 Para contra essa peste se revoltar.

Foi sim eleito para governar, Portugal,
Isso todos nós já sabemos
Mas ser o dono, como se julga afinal
Mais desgraças, não consentiremos!

Para o bem não se esperam novidades.
Julga-se de todos ser o mais esperto
Assinado por setenta personalidades
 Depressa falou contra o manifesto!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 8 de março de 2014

" 8 DE MARÇO, DIA DA MULHER"

Hoje, dia oito de Março,
O dia da mulher se comemora
Envio para todas um abraço
Como era a imagem mostra!

Porque a saudade chora...
Por ainda e já muito ter sofrido
Como nos tempos doutrora
Ao calor do sol ceifando o trigo.

Trabalhando de corpo curvado,
Com o rosto quase tocando a seara
Muito esforço, trabalho mal pago
Cujo latifundiário explorava!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 5 de março de 2014

"GOTA DE ÁGUA"

A lágrima triste
Que por ti surgiu
Mal que tu a viste,
Quase se não viu...

Como quem desiste,
Logo se deliu...
E, mal lhe sorriste,
Logo te sorriu!

Já não era a dor,
O sinal aflito
Duma funda mágoa;
Era o infinito,
-O infinito amor,
Numa gota de água...
(Augusto Gil)

Eduardo disse;
Assim está esta Nação...
Função pública condenada
Nos trouxe a destruição
A Tróika indesejada!

No, Outono, fim do Verão!...
Seca cai no chão a folha da árvore
Pensa ter, mas não tem razão
Quem governar não sabe...