da minha mocidade
por lá a ter deixado
dela tenho saudade!
Quando eu era criança,
jogava o jogo do pião
de tudo como há agora
ainda, não havia televisão
adormecia com a esperança
acordava com a bela aurora!
Cedo começava a labuta,
no campo antes do sol nascer
lavrando a terra com a charrua
estivesse ou não a chover!
Por ser perigosa aventura,
contra o regime protestar
para ludibriar a ditadura
o povo respondia a cantar!
A terra lavrando,
como era no passado
hoje aqui estou lembrando
com as mãos frias do vento gelado
no rabo da charrua, frio, pegando
em dias de nevoeiro cerrado!
(Edumanes)