quarta-feira, 22 de outubro de 2014

"DIGO, PORQUE É VERDADE"

Digo não, ao que não desejo,
Digo, sim quando preciso
Digo, sim a um beijo
Digo, por que não sou esquisito
Digo, abrigado para algo agradecer
Digo, irra quando de algo indignado
Digo, sim o que não irei esquecer
Digo, sempre o que tenha a dizer
Digo, mal nunca fiz nem nunca farei
Digo, fora de época está muito calor
Digo, bem me lembro por onde andei
Digo, já fui ao jardim colher uma flor
Digo, na terra sementes já semeei
Digo, já ceifei trigo e cevada
Digo, terra já lavrei
Digo, cavei terra com a enxada
Digo, carreguei cortiça com a carreta
Digo, já escrevi com lápis de carvão
Digo, também escrevi com a caneta
Digo,  fui muitas vezes a Garvão
Digo, não estou mentindo
Digo, porque é verdade
Digo, não estou fingindo
Digo, nasci no Alentejo
Digo, não à beira Guadiana
Digo, moro perto do Rio Tejo
Digo, amigo, amigo não engana!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"TEMPESTADE DE ALEGRIA"

(Imagem Google)
Tempestade de alegria!
evadiu a sua, dela, intimidade
mais bela, de contente, dizia
 agarrei o amor e a felicidade.

Todo o corpo dela tremia!
amar mais do que amava
tanta ternura não sabia
porque mais não cabia
onde tanto amor guardava.

Resolveu, então, um dia,
abrir a porta do seu coração
dentro do peito permanecia
 guardada toda a sua paixão.

 Não deve um desejo ser perdido,
vem daí, não percas um segundo
toma nota nas palavras que te digo
vamos dar a volta ao mundo!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 18 de outubro de 2014

"AO NASCER DO SOL"

    (Imagem Google)  
  O desejo navegante!
  a navegar, em alto mar
  na crista da onda delirante
   de espuma se embriagar.

 Da terra distante,
entre ondas a tontear
desponta o sol no horizonte
 ser amado e bem amar.

Claridade por um triz,
não havia na noite escura
quisera ser mais feliz
 partira numa aventura.

Em porto seguro ancorou
nas amarras da felicidade
de repente para o céu olhou
 viu da lua e das estrelas claridade
a desejar para amigas e amigos estou
 bom fim de semana com amizade!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"A CONTAR COM O OVO NO CU DA GALINHA"

 Sem folhas, muito seco!
não era tronco, era tanganho
não foi sonho, foi pesadelo
 pensa-se que, entretanto,
de podre, demasiado peso
da árvore o fez cair no chão
pela terra será consumido?
Se sobrar. . .devolverão
no futuro desconhecido
falsas de certeza serão.
Será que alguém convencido
 contar com o ovo no cu da galinha
quando cair no chão fica partido
dele, não se aproveitará nadinha;
por isso já mudaram a ladainha
a pensar em nova composição
qual será o trunfo escondido
serão da nova-gera, salvação
de algo no tempo perdido
nas nuvens sonhos de ilusão
 voam no vento enfurecido!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"QUEBROU A PEGA DA CANECA"

Quebrou a pega caiu no chão!
cheia de água quente uma caneca
foi tamanha assustadora confusão
por causa duma pulga na cueca.

A personagem alentejana,
assou o porco num aceso tição
tinha lá no campo uma cabana
dentro do chiqueiro um leitão.

A pulga fazia-lhe comichão,
não a deixava, um instante, sossegar
com água do poço encheu o caldeirão
para a maldita pulga nela afogar.

Aos saltinhos a maldita,
 refugiou-se junto ao lago
na lâ da ovelha escondida
que pastava lá no prado!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

"O VENTO ABRANDOU"

(Imagem Google)
O sol nasceu!
o vento abrandou
a saia que desceu
 lindas pernas tapou
a nuvem desapareceu
no céu azul o sol brilhou
na verde planta floresceu
uma linda flor, já murchou,
não resistiu à tempestade
cujo perfume lhe roubou
  feriu a sua intimidade,
para trás não olhou
triste pelo acontecido
ao certo ninguém sabe
dos olhos no chão terão caído
 muitas lágrimas de saudade!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

"AS COISAS QUE O VENTO FAZ"

(Imagem Google)
As nuvens foram deslocadas pelo vento!
de noite as estrelas brilhavam no céu
vontades satisfeitas no preciso momento
o que estava escondido pôs-se ao léu.
Há coisas difíceis, fáceis e desnecessárias:
desnecessário é chover no mar...
difícil é acertar nos números do euro milhões
 fácil é o vento as saias das mulheres levantar 
porque faz despertar adormecidos corações
cuja beleza mirones não se cansam de mirar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"SONETOS"

1
Chaves na mão, melena desgrenhada,
batendo o pé na casa, a mãe ordena
que o furtado colchão, fofo e de pena,
a filha o ponha ali ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada,
lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
olhe não fique a casa arruinada...»

- Tu respondeste assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,

arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...
2
Vai mísero cavalo larazento,
pastar longas campinas livremente;
não percas tempo, enquanto to consente
de magros cães faminto ajuntamento.

Esta sela, teu único ornamento,
para sinal da minha dor veemente,
de torto prego ficará pendente,
despojo inútil do inconstante vento.

Morre em paz, que, em havendo algum dinheiro,
hei-de mandar, em honra de teu nome,
abrir em negra pedra este letreiro:

«Aqui piedoso entulho os ossos come
do mais fiel, mais rápido sendeiro,
que fora eterno, a não morrer de fome».
(Nicolau Tolentino)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

"ENFIANDO A LINHA"

(Imagem Google)
No lugar do se ajeite!
estava uma bela sortuda
assim dizia ela, mete, mete 
mais, empurra, empurra.

 Pelo buraco da agulha,
enfiando a ponta da linha
com os dedos empurra
é para coser a bainha
das calças que tu usa!

Olhou para o barro vidrento!
com ele fez um púcaro vidrado
no tempo com ele água bebendo
o poeta, pela arte apaixonado.

Bebe a água mais fria,
diferente do cocharro
descansa durante o dia
à sombra do chaparro.

Com ele vive no tempo,
no tempo por ele bebe água
 bem conservado se mantendo
diz, vale mais do que nada.

Sem pressa no tempo,
naquele sítio apetecido
lugar de contentamento
seja no tempo bem vivido.

Alvoro, no vale do paraíso,
 tem na paisagem camuflada
na fonte do desejo proibido
sopra o vento, nasce água!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

"BOM FIM DE SEMANA. . . COM A PILITA"

A PILITA ALENTEJANA

Rija, enquanto durou.
Agora q'amolengou
e antes q'a morda a cobra,
Vou atá-la c'uma corda
Pra ela nã me fugiri.

Preciso da sacudiri,
Leva tempo pá'cordari
Já nem se sabe esticari.

Má lenta q'um caracoli,
Enrola-se-me no lençoli.

Ninguém a tira dali,
Já só dá em preguiçari.
Nada a faz alevantari
E já nã dá com o monti,
Nem água bebe na fonti.

Que bich'é que lhe mordeu?

Parece defunta, morreu.
Deu-lhe p'ra enjoari,
Nem lh'apetece cheirari.
Jovem, metia inveja.
Com  más gás q'uma cerveja,
Sempre pronta p'ra brincari.

Cu diga a minha Maria,
Era de nôte e de dia.

Até as mulheres da vila,
Marcavam lugar na fila,
P'ra eu lha poder mostrari!
Uma moura a trabalhari,
Motivo do mê orgulho.

Fazia cá um barulho!
Entrava pelos quintais,
Inté espantava os animais.

Eram duas, três e quatro,
Da cozinha até ao quarto
E até debaixo da cama.
Esta bicha tinha fama.

Punha tudo em alvoroço,
Desde o mê tempo de moço.
A idade nã perdoa,
Acabô-se a vida boa!

Depois de tanto caçari,
Já merece descansari.
Contava já mê avô:
"Niuma rata lhe escapou!"
É o sangui das gerações.
Mas nada de confusões,

Pois esta estória aqui escrita,

 É da minha gata, a Pilita!
(Atori. . .nã sê nã Senhori)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

"A MAIOR DOR HUMANA"

SONETO À VIRGEM

Ó Virgem! eu vi Job leproso em seu lameiro,
torcido qual carvalho a que o tufão arraste,
exclamar na aflição: - Maldito o homem primeiro!
Maldito o ventre, ó Mãe, em que tu me geraste!

Ó Virgem! eu vi Cristo amarrado ao madeiro,
como o branco marfim ou lírio roxo na haste,
suspirar num sol-pôs magoado e derradeiro:
- Ó meus Deus! Ó meus Deus! porque Me abandonaste?

Ó Virgem, vi Raquel chorando os filhos mortos,
errante, esguedelhada, olhos doidos, absortos,
pelas serras, à lua, encher Judeia de ais.

Mas vi-Te, ó Mãe, depois ao teu morto estreitada,
branca, sem cor, sem voz, feita em pedra, pasmada,
e a soluçar uivei - Tu é que sofres mais! 
(Gomes Leal)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"FLORES DE OUTONO"

(Imagem Google)
Continuo sem saber!
se por acaso não fosse como sou
não sei como gostaria de ser
contente, porque estou
porque vi o sol nascer,
não sei se por linhas tortas
direito conseguirei escrever
no mundo ouvindo galhofas
  muito gosto, sim, de viver.
Vejo as pedras da calçada
 sinto mas não o vejo passar
a aragem do vento na tchipala
quando a correr ou a caminhar.
De noite sem nuvens no céu
vejo as estrelas a brilhar
também vejo pernas ao léu
vejo rostos tristes e alegres
olhos com e sem lágrimas
vejo beleza nas mulheres.
Verdes plantas, floridas
vejo folhas amareladas
das árvores no chão caídas.
Porque sou alentejano,
despido nasci no Alentejo
vejo lindas flores de Outono
de onde estou vejo o Rio Tejo,
 desejo neste mundo maravilhoso
para todos vida saudável com tudo
comemora-se hoje o dia do idoso
primeiro dia do mês de Outubro!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 30 de setembro de 2014

"NOITES SEM LUAR"

(Imagem Google)
Quem não aprende a ser alguém!
na vida sempre a ser ninguém continuará
quem amores na vida, também, os não têm
sem eles,  por eles toda a vida chorará?

  Em quem, e no que, estará ela a pensar,
 dos seus lindos olhos, brota luminosos desejos
 como duas estrelas no céu em noites sem luar
   nos seus lábios iluminando doces beijos.

Se acontece por acaso...
 amor sem destino à avessas
louco perdido no descampado
escrito com falsas promessas
num poema mal imaginado.

Pelos olhos dela encandeado,
numa estrada de terra barrenta
 deste então, feliz, vive apaixonado
 por aquela, linda, gaiata morena!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"SÃO MARMELOS"

Bom dia e bom começo de semana!
são marmelos por mim assados no forno
comece bem o dia, amigo, amigo, não engana
a dizê-lo com toda a sinceridade me afoito.

Temperados com açúcar amarelo,
confirmo, 100% de garantia
tem doçura e bom espeto
estão mesmo uma delicia!

Têm certificado de qualidade,
se é servido ou servida
façam favor, sirvam-se à vossa vontade
porque, são as coisas boas da vida
que nos fazem sorrir de alegria e felicidade!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 27 de setembro de 2014

"BOM FIM DE SEMANA"

(Imagem Google)
De alegria, não de tristeza, seriam as lágrimas!
se houvesse justiça social em todo o mundo 
creio não serem precisas mais palavras
se com estas, do que penso, digo tudo.

 Bom fim de semana!
para inspirar com esta flor
onde quer que você esteja
com tudo o que deseja
  Paz e muito Amor...
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

"HISTORIETA"

Podia ser verdadeira!...
a historieta que vou contar
entrou no quarto a ventania
deitado na cama a sonhar
escorreguei na banheira
a cambalear caí dentro da bacia
bati com a cabeça no alguidar
no meio daquela escuridão
não sabia onde estava
para acender o lampião
se tinha ou não torcida
tive a forte sensação
era de noite, não de dia
algo estranho me empurrava
malhei com o corpo no chão
 hoje de manhã o galo cantava!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

"A VACA, O CHOCALHO E O ESPANTALHO"









(Imagens Google)

 A caminho da substituição dos espantalhos!
nas hortas estão mais que identificados pela passarada
pendurados no pescoço das vacas tocam os chocalhos
 no poleiro cantam os galos de madrugada!

Numa Nação mal governada!
banhada pelo Oceano Atlântico
quem tudo quer fica sem nada
porque os sonhos são engano.

Um jardim à beira do mar plantado,
cujo o jardineiro não sabe as flores podar
será como um barco no cais encostado
ferrugento, parado sem navegar.

 Já andam, pelo país, a prometer,
alguns impostos, poder, baixar
eu lhes digo, o meu não vão ter
 em mentirosos, mais não vou votar.

Não se esqueça de quando for votar,
de o não fazer nos que lhe tiram o pão
é preciso, urgentemente, desinfectar
toda a existente no país contaminação!

Mas, todo aquele que mais quer,
convencido,  coloca lá à toa a cruzinha
depois esfaimado sem pão para comer 
e nada mais, em cima da mesa da cozinha
 por tudo e por nada, reclama sem razão ter
porque esta nação está mui pobrezinha
o povo também não soube escolher
quando lá foi colocar a cruzinha!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"FLORES"

(Imagem Google)
Fica com ele ou com ela, quem?
quem o amor deixou abalar
quem com quem não tem alguém
para com quem poder rimar
sem ninguém fica também
até ter outro alguém para amar!

Nas nuvens do apressado tempo,
só as saudades não consegue levar
correm, loucamente, com o vento
 são pois, os pensamentos a voar.

 Nas ondas, flutuantes, da atmosfera,
navegando nos versos do amor e da paixão
na luxuosa nave da poesia, cuja tripulação,
são as mais lindas flores de primavera.

 Todavia, ainda, não sei como o fazer,
o que não tenho aqui, lá poder encontrar
daqui para outro lugar, qual não sei dizer
quem me dera ter asas para poder voar!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 21 de setembro de 2014

"BOLOTA VERDE"

(Imagem Google)
Crescia a erva verde na terra!
nem o zumbir do vento se ouvia
porque havia silêncio na floresta
quando, de manhã, o sol nascia.

Do caçador agachado no abrigo,
um estrondo, o silêncio quebrou
disparado de uma caçadeira um tiro
aquela, ainda, verde bolota abanou.

O passarinho levado se libertou,
sem penas das garras do gavião
com o tiro disparado se assustou
depenado o deixou cair no chão!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"NO TRANSPORTE DO FUTURO"

(Imagem Google)
Bom fim de semana a viajar!
desejo, no transporte do futuro
não sei quando lá irá chegar
de repente deu um pulo
terá visto uma serpente
  escarranchada no burro
iria a moça sorridente?

A bela moça se assustou!
o jerico mostrou os dentes
será que a serpente pensou
apanhar-me nem tentes?

 Divertidas brincadeiras,
se tivessem acontecido
num pomar de macieiras
ela, a maçã teria mordido?

Já não me liga patavina!
 me mandou apanhar favas
 rebolei do cimo duma ravina
 dos pés, perdi as alpercatas?
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"ESTA FLOR"

(Imagem Google)
Um dia não são dias!
nem um mês serão anos
estão as verdades escondidas 
no esconderijo dos enganos?

As mentiras andam à solta,
voando no vento em liberdade
quem tem medo não se afoita
prefere esconder a verdade!

Não se deve fazer isso,
em defesa do coração
nem o segredo escondido
no mundo terá salvação?

Para a vida não ter fim,
guardem junto do coração
esta flor fui colher no jardim,
não encontrei a equação!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

"NÃO CHORE...SORRIA"

Não chore, sorria!
prove esta caldeirada
tenha em sua vida alegria
 de água ao nascer do dia
 beba uma cocharrada!

Uma açorda na tijala!
favo de mel na colmeia
de palavras ditas à balda
a seguir, uma mão cheia!

Tigela, no Alentejo é tijala,
bordão mais grosso é cacete
sorriso grande gargalhada
leite é lete, azeite é azete!

O pão se chamam casquero!
ao sobrero chamam chaparro
pão mais pequeno é brendero
de cortiça é feto o cocharro.

Dessa manera no Alentejo,
lá se fala sem qualquer vaidade
situado, para lá, a sul do Rio Tejo
 também mora a personalidade.

O alentejano não dorme,
depois do trabalho descansa
assim, também é conforme
o toque da música se dança.

Aprumado com pujança,
com as calças sempre vincadas
brilham as botas quando dança
 de cabedal bem ensebadas!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 16 de setembro de 2014

"AS PENAS"

As penas que voaram com o vento!
foram as da justiça que não se aplicaram
não ficaram as penas no esquecimento
todas aquelas que alguém magoaram.

De um lugar abrigado e quente precisaram,
sem penas, nas palhas o pássaro fez o ninho
nele com os ovos da e na passarinha chocaram
nasceram, filhos da passarinha e do passarinho
passarinhos, com penas nas asas do ninho voaram!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

"UM MINUTO"

Na mesa do Excelentíssimo!
Senhor, do convívio, organizador
também estava António Querido
da sua esposa, verdadeiro amor
apenas e só, se fazem favor
num muito vejam o vídeo.
do que perder a vida num minuto
mais vale perder um minuto na vida
todos sejamos felizes neste mundo
com saúde, paz, amor e alegria!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 13 de setembro de 2014

"NA IDADE DOS TRAPOS"

Voaram os afagos!
longe dos tempos idos
agora na idade dos trapos
com os pés doridos
dos sapatos apertados
 cada vez mais encolhidos.

Será que não percebi,
 o teu poema estive a ler
a imaginar estou aqui
triste por te não ver.

Uma esperança malfadada,
no caminho para o inferno
naquela estrada empoeirada
mais lamacenta no inverno.

Para corações apaixonados,
vale sempre mais do que nada
remendada a penas de farrapos
esta vida toda esfarrapada!
(Eduardo Maria Nunes)