quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"POR NÃO SER INTELIGENTE"

Ninguém respondeu à seguinte pergunta:- 
O que é que a mula e o cavalo de D. José, têm em comum?
Acabar com a guerra!
não matar mais gente
para aqui na terra,
 poder viver em paz
por não ser inteligente
o homem não é capaz.

 Em Trás-os-Montes, alheira,
na Grécia Tsipras,  bem quer,
mas, há quem não queira
na Alemanha, uma mulher!

Não agrada a um qualquer,
muito pior do que uma gula
nem para dar palha à mula
no Alentejo a gente a quer!
(Edumanes)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

"PROIBIDO CIRCULAR"

Carro velho poluidor!
 na cidade, proibido circular
deste país, jardim em flor
Lisboa, cidade capital,
Pela cidade andei a pé,
para melhor, poder, observar
o que, ainda, temos em Portugal,
 o Parque florestal de Monsanto
integrado no Património Nacional
a estação de comboios no Cais do Sodré
 no teatro de revista a atriz Rosa do canto
 entre muitos ilustres o fadista Camané.
Junto do Rio Tejo, no Terreiro do Paço,
lá continua a estátua de Dom José,
no Rossio a de Dom Pedro quarto
ao cimo da Avenida da liberdade
a estátua de Marquês de Pombal,
com a sua bem alta personalidade
que as não trespassem tenho fé!
Temos o Castelo de São Jorge,
no Chiado a estátua de Camões
onde em liberdade se envolve
o povo em manifestações.
Temos o Jardim da Estrela,
mais abaixo com a sua escadaria
 S. Bento, em liberdade na Assembleia,
onde se ditam as leis da democracia.
Para em Belém serem ou não aprovadas
no palácio residência oficial do presidente,
penso não serem precisas mais palavras
para dizer que a nação está doente
 o seu povo está tão cansado
da política indolente!
(Edumanes)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"SEM PRESSA"

Daqui olhei para o Rio Tejo,
do outro lado não vi nascer o sol
imaginei o caminho p'ro Alentejo
tão apressado como o caracol!

Para que eu o pudesse ver,
se nenhuma nuvem o tapou
 no céu de manhã o vejo nascer
 a sonhar, acordado, não estou.

Deixa o trabalho voar no vento,
dorme a folga à sombra do chaparro
causou fenómeno no Entroncamento
ao passar, o alentejano apressado.

Falar do povo que conheço,
do Alentejo sou oriundo
meter a colher onde não devo
falar só por falar, não costumo!

Não faço nenhuma promessa,
 sem antes saber se a posso cumprir
seguidores do blog, Nasci no Alentejo
no tempo possamos continuar a sorrir
para amigas e amigos, sem pressa
um bom fim de semana desejo!
(Edumanes)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

"MANGONHA"

Digo sempre a verdade
em defesa desta Nação
porque amo a liberdade
proveniente da revolução.

Descansa o angolano,
debaixo do embondeiro
à sombra do chaparro
sem ser mangonheiro
descansa o alentejano,
bebe água pelo cocharro
p'ro trabalho vai cantando.

 Levanta-se da tarimba,
coloca água dentro da bacia
de manhã, muito cedo ainda,
com as mãos lava a fronha
lá no campo ao romper do dia
 corta o feno com a gadanha.

Trabalhar não é vergonha,
come açorda com dente d'alho
quem for alérgico ao trabalho
passava a vida na mangonha!
(Edumanes)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"PELA FORÇA DO VENTO!

 Será, talvez, o perfume das flores!
mais leve, por isso é que voa no vento
 de inutilidade tantos atrapalhadores
 não sei o que fazem no parlamento?

Atrás delas o sol escondido,
nas nuvens voam promessas
nenhum cumpre o prometido
 escurecidas noites nas vielas.

Ruas estreitas, largas avenidas,
árvores caídas pela força do vento
no campo verdes plantas floridas
no mundo continua o sofrimento,

 Porquanto não há volta a dar,
dizer não sei, quem o não deseja
a seu bem querer mais descontrolar
de tanta extravagância boceja!
(Edumanes)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

"O PERFUMES DAS FLORES"

Se eu tivesse o que não tenho!
não sei se seria diferente a minha vida
senão pudesse fazer tudo o que penso
a escrever agora aqui não estaria.

 Não digo tudo o que penso,
 se foi ou não efectuado estudo
o perfume das flores voa no vento
o que penso não escrevo tudo.

Por quem terá sido, dizer não sei,
também se o li, onde não me recordo
que isso acontecesse nunca imaginei
batalharei contra tudo o que discordo.

Com os versos na imaginação os deixei,
distantes dos meus tempos de criança,
devagar ou correr, até onde puder irei,
porquanto na vida, na vida há esperança!
(Edumanes)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"À SEGUNDA-FEIRA, FAVOS DE MEL"

 Palavras em rima escrevendo!
coisa fácil, de resolver, não impossível
de todo aquele que tenho disponível
a engendrar passo algum tempo.

Parado não tenha pachorra,
de ficar para onde não sei a olhar
no fundo do pote ficou a borra
depois de todo o azeite tirar.

  Vi o talego sem farnel,
de barriga vazia, não cheia
à segunda-feira favos me mel
 tirados, vi, de uma colmeia!

Lindos olhos vi numa mulher!
de noite vi no céu azul a lua cheia
na boca coloquei o fecho ecler
para não falar da vida alheia,

por ela me apaixonei,
olhou para mim de relance
desse olhar nasceu o romance
com ternura a abracei!
(Edumanes)

domingo, 25 de janeiro de 2015

"A PINHA"

Cidadão, alentejano!
terá partido do Alentejo
nas pegadas do gás propano
descobriu senão me engano
o Vale Pinto no Ribatejo.
Mas, que pinta tinha ela
com a cara bem pintada
 perfumada estava mais bela
da cor de uma rosa encarnada
num vaso uma roseira plantada
colocado no parapeito da janela.
Terá o pinhão caído da pinha?
 A pinha é filha do pinheiro,
o pinheiro nasceu do pinhão
sendo o pinhão filho da pinha
qual terá nascido primeiro
terá sido o ovo ou a galinha?
(Edumanes)

sábado, 24 de janeiro de 2015

"FAISÃO"

Na memória guardada!
não declarada intenção
vive a pessoa apaixonada
com segredos no coração?

Sem resposta fiquei,
a falar com os meus botões
a mim mesmo perguntei
porque tanto ladram os cães.

 Alguma razão tem de haver,
mesmo que ele seja muito gordo
para todos não chega um só faisão
que Deus proteja da miséria o povo
quando o amor não se entender
mais faz sofrer o coração.

Já foi terra que deu trigo,
o Alentejo soalheiro no verão
por lá procuram ouro escondido
sem saber se o encontrarão.

Para se pouparem uns tostões,
de fonte segura não é o relatório
teimam continuar as investigações
porque sonham com o petróleo!
(Edumanes)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

"DA COR DOS MEUS"

Oriundo de humilde povo,
da província alentejana
feito de carne e osso
não de matéria vulcânica.

Por eles me apaixonei,
dois olhos do cor dos meus vi
devagar irei andando por aí, 
até quando, dizer, não sei,

Não os vi de pernas ao leu,
nem na praia os encontrei
são castanhos bem eu sei
não azuis da cor do céu!
(Edumanes)