segunda-feira, 16 de maio de 2016

PARABÉNS A QUEM ME DEU O MOTE!

Alegria e emoção,
sem ilusão bem te fica
 mais um título Benfica
fonte de inspiração!

Dedico estes versinhos,
ao Glorioso, justo vencedor
na disputa com os verdinhos
 eu te aplauso conquistador.

Quem a sabe pontapear,
 de ter sorte não precisa
para com talento mostrar
como entra a bola na baliza.

 Também estou contente,
aqui tão perto, não distante
como quem no rosto bem sente
  a aragem do vento refrescante.

 Bem soube o treinador com habilidade,
pôr em prática sua mui dedicada sabedoria
para além fronteiras festejaram com euforia
de Portugal, noutros países mais distantes
por terem sido transformados em realidade
os sonhos dos adeptos e simpatizantes.

 O pais orgulhoso se vestiu de encarnado,
em Lisboa, da Luz ao Marquês de Pombal,
pelo trigésimo quinto título conquistado
 VIVA O GLORIOSO BENFICA VIVA PORTUGAL!
(Edumanes)

sábado, 14 de maio de 2016

"SEM INSPIRAÇÃO"

Porque hoje sem inspiração,
para algumas palavras escrever
ao atravessar a rua sem querer
fui atropelado pela inflação!

Como quem não tem coração,
 neste Universo sem alma nem dó
vinha acompanhada da corrupção
 porque um mal nunca vem só!

Também se fazem favores,
a quem investiga a corrupção
são condecorados os traidores
destruidores desta Nação!
(Edumanes)

segunda-feira, 9 de maio de 2016

"BOLOTAS COM PÃO"

Não tenho formação académica,
nem perfil de doutor
a minha juventude foi perversa
lá no campo fui pastor!
Devido à económica situação
que no país nessa época se sentia,
sem sapatos andei descalço 
numa enxerga de palha, no chão, dormia,
lavava a cara e os pés no regato
comia bolotas com pão.
Guardei vacas,  perus e porcos,
com a foice roçadora
nas chapadas rocei tojos,
 com a charrua, a terra lavrava
puxada por juntas de bois,
 semeei trigo na terra lavrada,
 Nã tô arrependido nâ senhora,
 o dever me chamou depois
como cidadão deste país,
deixei a santa terrinha.
Porque o destino assim o quis,
  amava e amo a pátria minha
no Exército cumpri o serviço militar,
ao toque do clarim, sem terror,
marquei paço ao rufar do tambor.
Fui enviado para a guerra,
por ordens do Salazar,
por tudo isso pudera
fui conhecer o ultramar!
Naquelas longas avenidas desfilei
de Lourenço Marques, hoje Maputo,
para o norte de Moçambique marchei
depois de tudo isso, contudo,
 culpado não fui dalgum mal acontecido.
Tenha sido ou não em falso,
não estou arrependido
porque voltei são e salvo
de onde parti, livre de perigo!
(Edumanes)

domingo, 8 de maio de 2016

"TRISTES LEMBRANÇAS DO PASSADO"

Era arriscada aventura,
reivindicar aumento salarial
no tempo da ditadura,
aqui em Portugal,
só por meio tostão,
porque, o ditador Salazar,
sem dó nem alma
mandava com o cacete
bater, porque ignorava
o mesmo que cachaporra.
Sem azeite,
para temperar a açorda 
o trabalhador camponês 
lá no campo ao rigor
trabalhando para o latifundiário,
à chuva, ao frio e ao calor,
pobre cidadão português,
sem controlo de horário!
Quem mais sofria,
era o povo alentejano,
por causa da injusta divisão
porque a terra era de meia dúzia
contra a desenfreada exploração
quem reclamasse de penúria
levava porrada no lombo!
(Edumanes)

sábado, 7 de maio de 2016

"XAROPE DE CAPILÉ"

"Bom Dia, se Possível Com Muita Alegria e Boa Disposição"

Alentejano com fé, neste dia de invernia! Não foi à inauguração do Túnel do Marão, porque ontem à noite  à socapa entrou na tasca da Marilé!
Olá, olé, logo fez subir a maré...Meteu a rolha no gargalo da garrafa da Capilé!
Depois dum mergulho bem sucedido, seguido dum gemido sentido, ouvido e divertido!
Foi embora sem boné, porque o deixou dentro da sanita, ao lado do bidé, cheio de nódoas das borras do xarope de capilé!..

sexta-feira, 6 de maio de 2016

"NAS PÉTALAS DUMA FLOR"

Escorregou na escadaria,
tinha nas mãos a colher de pau
quando imaginou naquele dia
misturando na água o colorau!

Será que alguém ficou rindo?
Nos degraus junto ao consultório
pois, sem saber para onde  fugindo
tropeçou nos pés do lavatório.

 Pelas ruas, triste sem amor,
sem destino vagueava a ternura
nas pétalas perfumadas duma flor
chorando lágrimas de amargura!
(Edumanes)

quinta-feira, 5 de maio de 2016

"A LUZ AO FUNDO DO TÚNEL"

Hoje é Quinta-feira da Ascensão,
é dia para quem quiser apanhar a espiga!
Aqui na Póvoa de Santa Iria está chovendo
será, mesmo, verdade ou apenas cantiga,
o que estão p'raí dizendo?...
No próximo sábado vai ser inaugurado
o tão polémico e falado Túnel do Marão,
aos contribuintes terá custado um dinheirão
mas, pelos utilizadores será bem pago?
(Edumanes)

quarta-feira, 4 de maio de 2016

"DOR QUE A MINHA ALMA TEM"

Vaga, no azul amplo solta, 
vai uma nuvem errando.
O meu pensamento não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente. 
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente, 
a nuvem flutua calma.

e isto lembra uma tristeza 
e a lembrança é que entristece,
deu à saudade a riqueza
da emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
na minha amarga ansiedade
mais alto que a nuvem mora,
está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
à alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto,
dor que a minha alma tem.

(Poesias de Fernando Pessoa)

segunda-feira, 2 de maio de 2016

"HOSPITAL"

Não estejam a pensar amigas e amigos, de que estou esquecido de visitar os vossos blogues e comentar as vossas prosas e rimas. Mas, aconteceu o que eu nunca pensava que poderia acontecer...Uma das minhas duas filhas teve um enfarte. Foi muito forte para a idade dela, segundo disse o médico que a socorreu no hospital,  na noite do passado dia 25 do mês de Abril, para ode se deslocou devido a  dores sentidas no peito. Estava no sítio certo, à hora certa, porque se tivesse em casa, teria sido muito difícil a recuperação. Graças à pronta e rápida intervenção médica, ela está recuperando, livre de perigo!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

"VERDE NASCE, VERDE CRESCE"

De dor se padece!
Com a foice ceifado
na idade adulta alourado
verde nasce, verde cresce
o trigo na terra semeado.

Uma noite ouvi barulhar,
 fiquei em silêncio cheio de medo
lá no Alentejo um grilo a devorar
as verdes folhas do trevo

O vento neles a soprar,
fazia abanar os arbustos
foi nas noites de luar,
que apanhei grandes sustos.

Quando eu ficava quedo,
porque ela também ficava
da minha sombra tinha medo
de noite quando para ela olhava.

A correr sem olhar para trás,
ó! Pernas para que as quero,
na minha vida era um desassossego
o cagúfe não me deixava em paz!
(Edumanes)

sexta-feira, 22 de abril de 2016

"NO CANTO DO OLHO"

 Não deixa ficar desalojado,
quem você mais ama chorando,
com uma lágrima no canto do olho
se sair fecha a porta com o ferrolho
em casa, no trabalho ou viajando
 bom fim de semana, prolongado!

Não haverá felicidade sem amor?
 Para quem a vida será mais sombria,
 quem no corpo sente ausência de calor
mergulhado na tristeza, sem alegria.

Não satisfeitos os desejos,
 terão eles zarpado com os afagos
sentindo ausência dos doces beijos
esperando ternurentos abraços.

Terá sido apenas um sonho,
mas, podia ter sido realidade
à vida bela nunca se opondo
porque lhe dá estabilidade.

Zarpando da vida penosa,
 foi ao encontro da felicidade
adormeceu no colo da generosa
 acordou na cama da saudade!
(Edumanes)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

"NA CHAPADA"

Bem me lembro ainda!
nunca ninguém este conto
terá ouvido alguém contar
escrito em prosa e em rima.
Na chapada um leão,
 junto à praia da Chuanga,
quando no Lago Niassa, 
nadava um tubarão!
Da outra banda a voar
 um mosquito sem destino,
de emergência foi aterrar
na torre dum submarino!
O comandante muito aflito
 deu o pino para dentro da Piroga,
 do Fuzileiro, António Páscoa,
rumo a Cobué navegava àquela hora!
Com amor é que melhor se constrói
a cama quem nela se quer deitar;
assim fez com bravura o herói
para evitar uma desgraça
naquela noite de luar!
(Edumanes)

terça-feira, 19 de abril de 2016

"SEM IMAGINAÇÃO"

Estava eu a pensar no que havia de escrever,
nada me surgia na imaginação! Resolvi então,
colocar a toalha na mesa da cozinha, a correr
fui buscar o chouriço, o presunto, o queijo e o pão,
a pensar qual seria depois do lanche a sobremesa
por causa da pressa, apressada, tropecei no garrafão
escusado será dizer, de que a culpada foi a paciência!
Peguei na cana, que tinha na ponta colocado o anzol
resolvi ir para o rio pescar, sem de pesca perceber
pelo caminho sem querer pisar, mas, pisei um caracol;
 o coitado do bicho, sem se poder da pisadela defender
telefonei, imediatamente, para a veterinária de serviço
 prontamente respondeu de lá que não podia atender
porque estava prestando assistência um ouriço!
(Edumanes)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

"ERVAS DANINHAS"

Cavei e semeei na terra!
Umas quantas batatinhas,
antes de partir para a guerra,
quando voltei, que resistiram à seca
verdes, só lá vi ervas daninhas.

Foram semeadas em terra alheia,
porque lá a terra era de meia dúzia
bem na vida viviam de barriga cheia
à conta do suor da raia miúda!

Como eram por eles considerados,
tinham que lhes obedecer 
se o não fizessem eram encarcerados
sem direito a quem os pudesse defender.

Porque, eram assim pois então,
neste país haviam muitos mais
nos gabinetes, em defesa da Nação
quem mandava eram os generais!
(Edumanes)

sexta-feira, 15 de abril de 2016

"CHUVA DE LÁGRIMAS"

Não deixando de imaginar!
Tudo o que nasce tem de morrer
Todavia, sem antes, eu, ficar a saber
Como é que o mundo irá acabar?

Gotas de água em Abril,
Das nuvens caídas na terra
Sem deixar de ser gentil
Esta, chorona, primavera!

Nesta terra haja sempre paz,
Para dar à vida mais qualidade
Com Toda a chuva que falta faz
Sem nos afastar da felicidade!

Ao romper da bela aurora,
com lágrimas de paixão e ternura
Caídas dos olhos de quem as chora
Na terra serão gotas de água pura!
(Edumanes)

segunda-feira, 4 de abril de 2016

"FAVOS DE MEL"

Desejos a granel,
drapejam no seu olhar
lindos olhos cor de cinza
os seus lábios favos de mel
beijos doces de menina!

Sofre quem sente,
a demora angustiada
da espera impaciente
nesta vida apressada.

Lágrimas doridas,
dos olhos caem no chão
 paixões adormecidas
silenciam o coração.

Para sempre recordação,
saudades perdidas no tempo
sem terem cama nem colchão
noites dormidas ao relento!
(Edumanes)

domingo, 3 de abril de 2016

"ABATANADO"

Quando no Café Nicola entrou,
a história que eu aqui vou contar
um amigo meu é que me contou
depois de ter ido a Lisboa passear!
À moça mais bonita e sorridente,
foi a ela que ele se dirigiu, dizendo
 serva-me um abatanado bem quente,
 sem para os seus olhos deixar de olhar
com vontade dos seus lábios beijar!
Logo ela quase fazia um pé de vento,
 mas, calmamente, ele menina dizendo
não queiras agora aqui dar nas vistas,
porque, eu já estou todo tremendo!
venho lá do outro lado do Rio Tejo,
pegar nessas tuas mãos tão bonitas
para te levar comigo para o Alentejo!
  Respondeu, não quero ir contigo não,
 fiquei com aquela resposta tão abalado,
por, assim, ter magoado o meu coração,
sem nenhuma culpa de ter engraçado,
com ela, pobre coitado tão apaixonado
de tanto pensar naquela bela moça!
Com ela sempre no meu pensamento,
sem perder a esperança de lá voltar.
Pois, amigo, já voltei aquele lugar,
mas, só lá vi sem água uma poça
fiquei desolado, pus o pé lá dentro 
voltei para a aldeia tão descorçoado,
naquele tempo, triste o estava vendo
lá na esquina de sua casa encostado!
(Edumanes)

quinta-feira, 31 de março de 2016

"APELO À DESGRAÇA"

Segue a tua viagem, por outros vertentes,
 por não saberes quanto é que lhes custa a dor
não interrompas os caminhos surpreendentes
 de acesso às pétalas perfumadas dessa flor!

Deixa-nos, aqui, viver sem atropelos,
não nos queiras de jeito nenhum atropelar
nem com invejas, nem dores nos cotovelos
em paz deixa-nos neste mundo continuar!

Com humildade apelo à tua boa vontade,
para não nos empurrares para o desespero
 deixa-nos ao menos ficar em paz com a saudade
 não impeças cada um de consumar o seu desejo!

Por não ser apenas pintada numa tela,
 a vida é um bem, não se deve desprezar
 nunca de maneira alguma  se zombar dela
  por ser tão bela, não quero daqui abalar!
(Edumanes)

quarta-feira, 30 de março de 2016

"DE SUL PARA NORTE"

Olhando para o Rio Mira,
odemirenses orgulhosos
desse rio que banha a vila
seguindo os seus contornos.

De noite e de dia água corre,
rio abaixo sem para descanso parar
 desde a nascente, de sul para norte
em Vila Nova de Milfontes desaguar,

Português, cidadão,
enfrentando o desafio
nasce na Serra do Caldeirão
em território algarvio.

Não adianta fugir,
daqui não quero abalar
nesta terra que tanto amar
quero continuar a sorrir!
Edumanes)

terça-feira, 29 de março de 2016

"ENCOBERTO"

 Arrimado ao bordão,
para ver o sol mais perto
subi para cima dum torrão
mais valia ter ficado quieto
aqui na Póvoa de Santa Iria,
com as nuvens encoberto
embrulhada numa colcha
não nos mostra simpatia
 esta primavera chocha!
(Edumanes)

sexta-feira, 25 de março de 2016

"A QUEM POR AQUI PASSA"!

Seguindo em frente,
a quem por aqui passa
 desejo a essa boa gente
  Feliz Domingo de Páscoa.

Que o seu caminho,
seja de livre circulação
com saúde, amor e carinho
no seu bondoso coração.

Para que possa circular,
sem obstáculos, livremente,
em paz, onde deseja chegar,
alcançar o que pretende!

perfumando o ambiente,
 o perfume das flores a pairar
 gente boa que no coração sente
o amor com esperança no olhar.

Abraçando a vida risonha,
felicidade protegendo a alegria
com o amor que vos acompanha
emanando do rosto simpatia!
(Edumanes)

quarta-feira, 23 de março de 2016

"TERROR SEM FRONTEIRAS"

 Por terem expulsado os seus antecedentes,
com o auxílio das espadas, para fora da Europa
carregados de crueldade, os seus descendentes
para a reconquistarem estão voltando agora!

Terror, sem fronteiras,
ninguém o consegue deter
nem as construídas barreiras
que na Europa estão a erguer.

Viaja com os mandões,
sem precisar de se esconder
nos comboios ou nos aviões
suicida-se, mata e faz sofrer.

Quando o diálogo mais não funciona,
violência com violência se combater
nem tão pouco se importa com a "fronha"
faz-se explodir sabendo que vai morrer.

O pior, ainda, estará porvir,
porque, o ódio continua activo
o terror não pára de progredir
na Europa aumenta o perigo!
(Edumanes)

segunda-feira, 21 de março de 2016

"ESPELHO DA CIDADE"

Esperando pelo calor da primavera,
como, na roseira, duas rosas em botão
imaginando os seios duma moça bela
perfumados de amor e doce paixão!

Sem azedume, nem clamor,
para lhe aquecer o coração
guarda dentro do peito o amor
nas margens do Rio Nabão!

 Espelho da cidade de Tomar,
vê as pernas, das moças, ao leu
nas noites de serenatas ao luar
olhando para as estrelas no céu!
(Edumanes)

sábado, 19 de março de 2016

"MALEZA"

No mundo há desperdício,
de miséria há muita fartura
de arrogância só visto
com tristeza tanta penúria!
No mundo há ganância,
muitas dores de cotovelo
inveja com abundância
bandalheira falta de zelo.
Há barulho que perturba,
há no campo e no jardim
lindas flores e verdura.
 Que a pobreza tenha fim
há gente que tem fome
com humildade consente
o egoísmo não tenha dote
nesta terra de boa gente.
Para que o ódio não progrida,
haja, sempre, amor com fartura 
do pólen da maleza protegida
debaixo do vestido e da blusa.
Dando mais entusiasmo à vida
dos olhares escondida beleza
de gente que ama com ternura
 Mui Nobre Nação Portuguesa!
(Edumanes)

quinta-feira, 17 de março de 2016

"NAMORO À JANELA"

 De um lado estão os granjolas,
do lado oposto está a geringonça
 não deixaremos que os gabarolas
nos façam perder a esperança!

A geringonça até ensina,
quem não sabe lavrar a terra
 das uvas se extraí a boa pinga
 que é para lubrificar a goela.

Namorava  com o namorado dela,
outrora, sem lhe tocar na pestana
debruçada no parapeito da janela
dentro do quarto a moça alentejana!
(Edumanes)

sexta-feira, 4 de março de 2016

"COM OS SAPATOS NA MÃO"

No dia em que fui de fato! 
Sem fato! À praia de calção
pela areia descalço
com os sapatos na mão.
 Uma toalha levei,
na areia a estendi
 em cima dela me deitei,
  para as ondas do mar olhando
pensando nelas ver mas não vi
nenhuma sereia nadando.
 Sem protecção adormeci
 num dia de calor intenso
não mais o esquecerei
o sol quente de verão,
sem uma lufado de vento
 apanhei um forte escaldão.
Sendo, sim, verdade minha,
porque, eu não sou mentiroso
aconteceu na Costa Vicentina
 Praia Grande do Porto Covo!
(Edumanes)

quinta-feira, 3 de março de 2016

"MELHORES DIAS VIRÃO"?

Orgulho de alentejano!
ao romper da bela aurora,
não preguiçoso, estava pronto
sempre àquela, mesma, hora
para a labuta lá no campo.

Via, não estava imaginando,
de manhã quando me levantava
desconhecia para onde se deslocava
um bando de pássaros voando!

Melhores dias virão?
Com paciência o esperei,
no futuro esperanças tinha
 por isso é que sempre acreditei
 na indispensável ajuda do coração
 para melhorar a vida minha!
(Edumanes)

quarta-feira, 2 de março de 2016

"MOINHO DE VENTO"


Como era no tempo ido,
em que se fumava de caturro
movido a água ou movido a vento
para os moinhos se levava o trigo 
nas cangalhas colocadas no burro
bem acomodadas com uma cilha
de forma a não magoar a barriga
do animal nem causar ferimento.
 Com segurança e perfeição
não se fazia de qualquer jeito
pelo bem estar do jumento.
Naquele dia sem atenção
com outro pensamento,
porque, um novato sujeito 
sem experiência na profissão
nas cangalhas pendurou o talego
com o contudo para comer com pão
sem jeito, por isso ficou todo desfeito
 sem conserto, estatelado no chão!
(Edumanes)

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"EM MARÇO CANTA O CUCO"

Quem tem tem!
quem não tem não dá
porque, tudo também
o que começa acabará?
Sem rei na barriga,
com inteligência
trabalha a formiga
para a sobrevivência.
De dia no céu brilha o sol,
enquanto canta a cigarra
barulhenta que se farta
incomoda o caracol.
O gafanhoto aos saltinhos
em cima dum penedo
voam os passarinhos
dos caçadores, com medo.
Em Março canta o cuco
em Abril canta a rola
na porca enrosca o parafuso
no gargalo da garrafa entra a rolha
feita de cortiça, tirado do chaparro
nas mãos do trabalhador faz bolha
o cabo do machado!
Tem mãos finas quem não trabalha,
bem conservadas sem calos
para se fazem os queijos o leite se coalha
na cavalariça, quando têm fome os cavalos
relincham para lhe darem ração, não palha!
As galinhas fora da capoeira
de grão em grão enchem o papo
os políticos para fazerem asneira
recebem um bom ordenado!
 Tem frieiras nas orelhas,
do frio, o camponês,
no campo guardando as ovelhas.
Na taberna entra o freguês
pede ao taberneiro um copo de tinto
fiado, sem guito trabalhador português
diz o taberneiro sorrindo.
Vai a outra porta bater,
sem guito, aqui não há petisco
se quiseres bem na vida viver
 terás de ter um tacho político!
(Edumanes)

domingo, 28 de fevereiro de 2016

"FLOR DO FUTURO"

Por tão cruel, ela, ser,
a dor, magoa a vida bela
por isso é que a faz sofrer,
não se importa pudera!
 A vida é humilde,
  desumanidade é que não,
 feliz, a dor não a deseja ver
não quer que continue firme
por isso é que lhe dá abanão,
para, infeliz, mais padecer!
Quando e para sempre,
sem ela se deixar de sorrir
porque, já nada se sente!
  Com ela deixa-se ficar a saudade,
 para, na vida, com vida, bem se sentir
trazendo saúde, paz, amor e felicidade
para quem espera o futuro florir!
(Edumanes)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

"NA PIROGA, COM ELES NAVEGAVA O MOTE"

No Cobué, não tinha frio,
com ele navegava o mote
Fuzileiro navegando no rio
na sua piroga sem capote!

Por isso,  bem valeu a pena,
não foi tempo, no tempo perdido
foi, sim, para escrever este poema
não ficar no tempo esquecido!

 Com cheirinho a flor de camélia,
na plateia os mirones a cheirar
vendo as beldades na passarela
mostrando sua beleza a desfilar!

O azeite se extrai da azeitona,
no verão faz calor que se farta
sem vento, na planície alentejana,
nas cidades o pagode se divertindo
vai pisando sem bulir uma palha
 as pedras da calçada polindo!

 O leite das tetas da vaca,
porque naquele, calmo, dia
não havia nenhuma zaragata
se ordenhava com calmaria.

No inverno quando cai neve,
na Serra da Estrela, brancura
do leite é que se faz o almece
a vida é bela com amor e ternura!
(Edumanes)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

" RAÍZES ENVENENADAS"

Com as dores que sente,
chora noite e dia, sem cessar
 porque, o mundo está doente,
a maldade o prantou assim,
não se consegue curar
um mal que não tem fim!
 São as raízes envenenadas,
  propagando o veneno na terra
como falsos profetas embuçados
no mundo os senhores da guerra
heróis, sem o serem, condecorados!
Pelos actos, praticados,  de terror,
por eles à distância comandados
falam de paz como quem fala de amor
 pela destruição, estão, apaixonados!
(Edumanes)