terça-feira, 20 de setembro de 2016

"MORTE, SILÊNCIO, OU NADA"...

Morri, traidor!
Morri pela tua boca.
A infâmia, é honra que te sustem
E não a que me toca.
Outros infelizes,
Te acham sabedor,
Digno de louvor
Por uma Pátria traída.
Isto não dá vida
Aos que se doaram com Amor.
A (minha) Pátria, traidor,
Contigo não tem saída,
Nem com quem te faz maior.
Cair da janela, foi pouco
Para um trair tão louco,
Que, de Poder, teve anelos.
Lembra as glórias da vida,
Onde a justiça foi tida
Numa Pátria alvoroçada.
Portugal tem, na História,
Nobreza, saber, firmeza,
Mas nunca a falsa glória.

Aos Migueis de Vasconcelos,
Morte, silêncio, ou nada...
Santos Oliveira
16NOV2016
Poema, do Sargt Santos Oliveira, lembrando o acontecimento
de 16Nov1964, na Guerra do Ultramar,  Ilha do Cômo-Guiné.
Homenagem solidária aos Camaradas seus subordinados, no Pel. Indep. de Morteiros 912 e abrangendo todos os  militares da
Companhia de Caçadores 557, que, nessa noite, “foram” Massacrados, segundo as palavras falsas, intencionais e conscientemente proferidas, na Rádio de Argel.

6 comentários:

  1. Pois não! Talvez o autor se quisesse referir a 16SET2016?

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  2. Onde encontraste isto, Eduardo?
    A data dos acontecimentos de 16 de Novembro no Cachil parece estar correcta, mas isto deveria ser publicado apenas em 16 de Novembro próximo. Isto parece uma fuga de informação!

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  3. Encontrei na minha caixa de correio, enviado por Santos Oliveira. 16NOV64, foi o dia em que aconteceu, 16NOV2016, é a data do quinquagésimo segundo aniversário do acontecimento! Penso eu?

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  4. E já agora, quem fazia a locução na Rádio de Argel?

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  5. Pois, deve ser uma evocação à memória para o dia 16 de Novembro, que chegou cedo demais. Ou então o autor enganou-se. Ontem entrei num blogue que tinha um post datado de 30/9/2016. Uma pessoa até se sente no futuro.
    Um abraço

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