para os que deste mundo,
para o outro mundo já partiram
num eterno sono profundo
lá onde estão descansem em paz.
Para os que como eu continuam
por cá, de tudo o que falta faz
tenham, para bem estar na vida
enquanto por cá vão rabeando
saúde, paz, amor e alegria!
Pesando no Alentejo,
onde nasci para a vida
as ovelhas vi no brejo
dos sobreiros tirei cortiça.
Comichão da poeira,
no corpo já não sinto
como quem sente
no campo ceifei trigo,
ao calor do sol ardente
malhei milho na eira
não estou mentindo!
Com a charrua lavrei,
terra mole e terra dura
com os pés nus andei
no tempo da penúria.
Melhor, será, dizendo,
até havia muita fartura
de descontentamento
no tempo da ditadura!
Agora há liberdade,
lá na casa da democracia
ouve-se muita alarvidade
como antes não se ouvia!
(Edumanes)
Sem nenhuma espécie de roubalheira, venho trazer um abraço e desejar que o dia do pai seja muito bem passado. Alegre e feliz quanto se deseja.
ResponderEliminarUm abraço
Vida dura que a juventude de hoje nem consegue entender.
ResponderEliminarQueixam-se da falta de tudo e só lhes falta juízo na cabeça.
Nós chegamos de burro a cavalo, eles correm o risco de ir de cavalo para burro.
O nosso tempo é de trabalho começando aos 12 anos e comendo broa de milho e sardinha assada! Agora é o que nós sabemos.
ResponderEliminarAbraço.
Tempos duros, tempos de um Alentejo, do nosso Alentejo...
ResponderEliminarBeijinho
Felizmente que esses tempos a preto e branco e de muita dor e sacrifícios já passaram.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados