sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

"FORNO A LENHA"

Mais o forno aquece,
para cozer o casqueiro
quanto mais tronco mete
 mexe mexe o traseiro!

Ninguém leva a mal,
não coloquem as caretas
para se ver a grande borrada
dos governantes em Portugal.
Batam palmas à chegada
divertidas brincadeiras
com elas vem aí o Carnaval.

Todos têm pelas costuras,
rebentado as calças no cagueiro
bem sabeis de quem são as culpas
desse, insuportável, mau cheiro!

Não sei se enganado estou,
dizem, quem se cala consente
 na vida quem ainda não pecou
a dor do pecado não sente!
(Edumanes)

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

"NUVENS PASSAGEIRAS"

Para a rua, saí de casa,
levei com ela na fronha
está uma fria nortada,
no mundo vida risonha!

O amor é uma louca paixão,
a guitarra é um instrumento
passam pelo meu pensamento
como as nuvens voam no vento
alegrias sentidas no coração!

Não as vou aqui inúmerar,
só a mim dizem respeito
muito tem de se pedalar
para o pretérito perfeito
do verbo com êxito conjugar!

Nas rectas não se abalroar,
para se esbarrar nas curvas
se no atasqueiro se atolar
seja feliz nas suas aventuras!

Porque escrevo eu a rimar,
pensamentos meus dispersos
não sei quando lá irei chegar
imaginando outros universos!
(Edumanes)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

"CEPA"

Não invenção minha,
digo nesta tarde de sol
 deslumbrante soalheira
do trigo de faz farinha
na terra nasce a cepa
da videira nasce a uva
depois de bem madura
dela se faz bom tintol!

 Ainda não fui embora, 
neste mundo por cá ando
não sei ainda qual a hora
daqui estarei abalando!

Saí de casa por aí vagueando,
à procura de acertada decisão
não encontrei estou voltando
com cinco dedos em cada mão.

Amor fingido falsidade,
sem felicidade sorte não há
 a sorte nasce da habilidade
quem sabe onde ela está?
(Edumanes)

domingo, 4 de fevereiro de 2018

"PORTO"

Este porto de mar
É obra Portuguesa
Construído p'ra durar

Bissau, a velha capital
Em tempos de outrora
Foi parcela de PORTUGAL

Hoje o porto é saudade
Da juventude
Que no passado
Viajou a miúde
Contra a sua vontade
Para este porto, afastado

Obra Portuguesa
Construída p'ra durar
Que serviu Sua Alteza
O Senhor SALAZAR

Chegou a revolução de ABRIL
Que há muito era esperada
Deixou a GUINÉ p'ra covil
Do turra, falso e vil
Deixou o porto sem nada

(Autor António Maria Veríssimo)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

"LENTA, NOJENTA E PEGAJOSA"

As trafulhices continuam,
sem pagar taxa de ocupação
 às descaradas elas actuam
contra o cumpridor cidadão!

Já corromperam a magistratura,
em quem mais poderemos confiar
os que deviam julgar a falcatrua
com ela bem se estão a amanhar
como se fosse simples aventura?

  Será que a justiça lucra com isso,
não haverá magistrado para a condenar
a corrupção esse mal sem cura acredito
aqui no pais do tudo bem deixa andar?
(Edumanes)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

"BARCO À VELA"

Uns contra os outros,
vai dar muito que falar
se contra os minhotos
o leão, hoje, se esbarrar!

Os minhotos do norte,
mais para cima da invicta 
sem habilidade não há sorte
alguém descontente grita?

Fomos prejudicados,
devido à má arbitragem
anulou golos marcados
a favor da pilantragem!

Acusações aos árbritos,
será um acto doentio
se pelo ânus saíssem tacos
não poluíam a água do rio?

Se deslizando sobre ela,
mais leves do que o chumbo
navegando como barco à vela
aldrabices não vão ao fundo?
(Edumanes)

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

"NOITE DE LUAR"

Estou aqui pensando,
carago, ouvindo falar
em silêncio escutando
o que não devo divulgar!

Não sendo proibido,
amar quem não nos ama
humilde não atrevido
perdido no mundo anda!

foi numa noite de luar,
deitada na cama toda nua
para com outro se deliciar
a sua amada o pôs na rua!

Da cama foi corrido,
encontrado a vaguear
no Rua do Escondido
sem ter onde pernoitar!

Pela realidade convencido,
não atirou pedras no telhado
porque tinha telhas de vidro
de noite viu o céu estrelado!
(Edumnes)

domingo, 28 de janeiro de 2018

"NO BALOIÇO SE BALOIÇANDO"

O que mais me entristece na vida,
 pensar que irei para onde não quero
deste mundo sem mais ver a luz do dia
 sem a poesia, prisioneiro no inferno!

Também só de pensar me incomoda,
sem alternativa, dela livrar-me não consigo
caminhando até aqui sem nunca ter feito batota
penso que não merecia tão cevero castigo!

Dizem que é uma viagem para o paraíso,
 não sendo nada disso que estou pensando
mas eu cá  continuo a não estar convencido
 pressinto de que algo me está enganando?

Já falei com os meus botões,
os quais não me responderam
em silêncio as suas opiniões
não ruidosas me entristeceram!
(Edumanes)

sábado, 27 de janeiro de 2018

"FRANGO NO CHURRASCO"

Depois do pôr do sol,
sem a sua clareira
hoje à noite há futebol
no Estádio da Pedreira!

Pois eu vou torcer,
a favor do Vitória
o qual irá vencer
com prestígio e glória.

Isto é o que eu penso,
não sabendo se assim será
com um a zero me contento
a favor do Vitória claro está.

 Vendo, até parece que já estou,
 um frango para o jantar de Rui Patrício
 porque a baliza da bola não se desviou
  não diga Bruno depois que foi feitiço!
(Edumanes)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

"ANO 1965, MÊS JANEIRO"

Não vivendo com a ansiedade,
vivo ainda estou neste mundo
saímos de manhã e não à tarde
de Vila Cabral para o Rio Lunho!

Muitos anos já lá vão,
bem me lembro desse dia
das nuvens naquele chão
 cair muita água, eu, via!

A seguir a Nova Coimbra,
a GMC na picada se atolou
carregada de mantimentos
como foi me lembro ainda
se prendeu numa árvore
o cabo do guincho rebentou
sem nos causar ferimentos!

Cientes da realidade,
a malta não desanimou
com esforço e habilidade
tendo sido ao fim da tarde
que a GMC  se desatolou!

 O padeiro do pelotão,
era eu, havia farinha
forno para se coser pão
no atasqueiro não tinha!

 Acendi, eu, uma fogueira,
no alguidar amassei a farinha
fiz filhozes numa frigideira
pão para comer não tinha!

A malta não esmoreceu,
a juventude tudo vencia
disso bem me lembro eu
hoje o digo com alegria!
(Edumanes)