Fui hoje ao Alentejo e vi paisagens
De fome, de secura, de desalento
Nenhuma alma dali sonha as viagens
Que ao brilho de um sol d’oiro faz o vento
De fome, de secura, de desalento
Meu Deus que gente é esta, que degredo
Vive este povo ao Sul, que nada clama
Há rugas de azinheiras nos seus dedos
Mas não há nossas senhoras sobre a rama
Deste meu povo ao Sul, que nada clama
Olhem que céu azul com nuvens de poejo
Que veio morar aqui no Alentejo
Enxada a querer tirar do coração
A terra onde me sofro e me revejo;
Malteses meus irmãos, baixem-me o sol de agosto
Venham cantar-me modas ao sol-posto
A este povo honesto é que eu pertenço
A este mar de orgulho de amor imenso
Fui hoje ao Alentejo e vim chorando
Eu que sou feita em pedra da mais dura
Meu povo, minha esperança em fogo brando
Quando é que fazes tua, a tua altura
Quando é que fazes tua a tua altura
Fui hoje ao Alentejo e percebi
Porque é que de Além-Tejo há só o nome
Porque é que há tantos deuses por aí
Enquanto tanta gente aqui tem fome
Porque é que de Além-Tejo és só o nome
Autor da Letra: Eduardo Olímpio
Autor da Música: Paco Bandeira
Repertório: Luísa Basto.
Vamos de regresso...infelizmente.
ResponderEliminarbj
Andas a fazer muitas viagens ao Alentejo! não teras tu mas é comprado por lá algum Monte daquelas Herdades abandonadas?
ResponderEliminarUm abraço.
Um belo poema sobre o Alentejo. Já nem me recordava dessa música. Pena que quem compôs a música, o alentejano Paco Bandeira, fosse para além de um grande cantor e compositor ultimamente condenado por violência doméstica. É muito triste.
ResponderEliminarxx
Tenho tantas saudades de visitar o Alentejo
ResponderEliminarr: Muito obrigada :)
Beijinho e boa semana*
Boa noite Eduardo
ResponderEliminarUma bela e triste melodia. Um retrato da dor e da desilusão. O vídeo é soberbo.
Uma ótima semana para você
Beijos
O Alentejo, essa inspiração sempre presente.
ResponderEliminarBela partilha.
Beijinhos
parabéns pelo magnífico post, caro amigo Eduardo!
ResponderEliminarO Alentejo é sempre esquecido: inclusivamente o mirandês foi tornado língua oficial por Jorge Sampaio e o barranquenho ninguém cuida dele !
Boa semana
Lindo poema sobre o nosso Alentejo!
ResponderEliminarÉ pena que seja despresado por tanta gente!!
Tenha uma boa semana amigo.
Fraterno abraço em Cristo!