Não irei de nada mais reclamar!
nem a chorar, nem tão pouco a sorrir
se o mundo, maravilhoso, acabar
como é que será o porvir?
Não estarei cá para contar
nem para cantar ouvir...
Das flores cairão as pétalas
das árvores as folhas secas no chão
fechar-se-ão as portas e as janelas
para sempre à imaginação...
Não se pintam mais paisagens
nem nas telas nem em vão;
não se farão mais viagens
nem de barco nem de avião?
Das asas dos passarinhos
não cairão mais penas no chão
nas árvores não farão mais os ninhos
porque sem as folhas não têm protecção!
não lerei mais poemas com versos de amor
escritos pelos poetas com lágrimas de paixão
não estarei cá, sem vida, para colocar uma flor
no peito, de quem amei, junto do coração!
(Edumanes)
nem a chorar, nem tão pouco a sorrir
se o mundo, maravilhoso, acabar
como é que será o porvir?
Não estarei cá para contar
nem para cantar ouvir...
Das flores cairão as pétalas
das árvores as folhas secas no chão
fechar-se-ão as portas e as janelas
para sempre à imaginação...
Não se pintam mais paisagens
nem nas telas nem em vão;
não se farão mais viagens
nem de barco nem de avião?
Das asas dos passarinhos
não cairão mais penas no chão
nas árvores não farão mais os ninhos
porque sem as folhas não têm protecção!
não lerei mais poemas com versos de amor
escritos pelos poetas com lágrimas de paixão
não estarei cá, sem vida, para colocar uma flor
no peito, de quem amei, junto do coração!
(Edumanes)
Esta de poeta hoje está muito melancólica mas trouxe com incrível magia a tristeza da devastação deixando no solo ressequido só folhas secas desprovidas de emoção. Lindo poema meu amigo
ResponderEliminarBeijos no coração
Andas com umas ideias esquisitas Eduardo! Acho que deves fazer uma cura para espantar as energias negativas. Que tal uma semana inteira de «comer bem e beber melhor» a começar amanhã que é o dia em que o meu neto mais velho atinge a maioridade e assim fica-me na memória.
ResponderEliminarJá o tinha imaginado!
ResponderEliminarporque no mundo existe
o poema nasceu do fado
o fado é canção triste?
Tintinaine, não ando desnorteado,
não imagines que estou ficando louco
costumo beber tinto com cuidado
com chouriço e pão cozido no forno!
Que belo poema, Eduardo! Muito bonito.
ResponderEliminarPintar-se-ão sempre paisagens, acontecerão viagens, mas realmente os pássaros nunca escolherão árvores nuas para fazerem os ninhos.
O mundo não acabará, nós é que acabaremos, e nesse sentido, o mundo acaba connosco.
xx
Laura, quem ama com o coração,
ResponderEliminarserá, pois, amor verdadeiro sim
porque eu tenho diferente opinião
tudo o que tem principio terá fim!
Caro amigo Eduardo, a morte é uma certeza, disso não resta a menor dúvida, entretanto, porque não cantemos a vida, enquanto estamos aqui?
ResponderEliminarUm abração daqui do Porto Alegre, sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
O importante é aproveitar quando as oportunidades surgem, para que sintamos que não ficou nada por viver.
ResponderEliminarr: Muito obrigada! Foi dos que mais gostei até agora.
Beijinho*
O final é melancólico e fatal, a dor que espreme até a ultima gota.
ResponderEliminarLançar a flor no corpo inerte como as folhas de outono.
Construção maravilhosa desta descontinuidade do sentimento.
Bravo Edu.
Um belo trabalho.