sexta-feira, 17 de março de 2017

"SIRVAM-SE, ESTÃO MADURAS"

Se havia burro, não havia nora,
outrora, quando trabalhava no campo
tirava água para regar a horta
do poço com caldeirão de estanho!

 Regava as laranjeiras,
na primavera em flor
a sombra das oliveiras
no verão me protegia do calor.

Olhando para a figueira,
via os figos crescerem
enquanto via na ameixeira
 as ameixas amadurecerem. 

Mas, eram aquelas sãs,
para à fome dar de comer
da macieira apanhava as maçãs
maduras bem as podem ver.

Bem madura amarela,
havia a pêra saborosa
desfolhada à janela
para mim sorria a rosa.

De modos, embeiçado,
logo o cravo ciumento
deveras ficou amuado
com as pétalas ao vento!
(Edumanes)

4 comentários:

  1. Parece-me que estás a querer assaltar o pomar do Pinto da Costa!
    Cuidado.

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  2. Um belo pomar no Alentejo? E eu que pensava que não havia disso antigamente por lá por falta de água.
    Um abraço e bom fim-de-semana

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  3. Desta gostei à brava!
    Quando a coisa vira para o lado da fruta, tens aqui um cliente garantido.
    A rosa e o cravo também não me afligem por aí além, por isso ... nota 10.

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  4. Seu poema rende belos frutos ;-)
    Deu saudade de algo que não vivi... lembranças de uma vida no campo - adoraria!

    Beijos =)
    Tenha um lindo fim de semana!

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